Política

OUVIDOR QUER OAB, CREMEB E MP FISCALIZANDO REDE SE SAÚDE PÚBLICA

O deputado Tarcísio Pimenta diz que esses órgãos serão chamados à responsabilidade
| 13/04/2007 às 19:25
Acabou em caos nos hospitais públicos - segundo o deputado Tarcísio Pimenta - o impasse que se estabeleceu entre a Coopamed e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.

   Só neste último final de semana, 115 médicos contratados pela Sesab, através da cooperativa, faltaram ao trabalho, gerando inúmeras confusões nas emergências de hospitais da capital e do interior.


   Este dilema vem se agravando para a população baiana desde 6 de março, quando se tornaram constantes os registros de médicos que se ausentam ao trabalho, após serem informados, pelo secretário da Saúde, Jorge Solla, de que os contratos com a Coopamed não poderiam ser renovados, como ocorria, regularmente, há sete anos.


    O resultado prático da pendenga - segundo Tarcísio -  é o festival macabro de improviso e incompetência patrocinado pela Secretaria de Saúde.

    Enquanto as filas se agigantam nas enfermarias, médicos contactados pela Superintendência de Gestão e Regulação da Sesab para substituir os faltosos se recusam a atender ao chamado da central telefônica criada para este fim.


    A insatisfação da categoria com os atuais responsáveis pela Saúde Pública do Estado pode ser mensurada pelos números: das 3.423 ligações feitas pela central telefônica buscando substituir médicos faltosos, nos últimos sete dias, apenas 35 aceitaram a tarefa.


    O deputado Tarcízio Pimenta, na condição de Ouvidor Parlamentar da Assembléia Legislativa enviou ofício à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Regional de Medicina (Cremeb) e ao Ministério Público, solicitando destas instituições que acompanhem o funcionamento da rede pública hospitalar, "a partir de logo", entende que a situação exige soluções urgentes por parte do governador Jaques Wagner e do secretário Jorge Solla.


    Tarcízio chegou a interpelar o secretário Solla, durante palestra recente no Plenarinho da Assembléia, se ele não teria um "plano b" para enfrentar as dificuldades, então prenunciadas com a disposição dos médicos em paralisar suas atividades