Este dilema vem se agravando para a população baiana desde 6 de março, quando se tornaram constantes os registros de médicos que se ausentam ao trabalho, após serem informados, pelo secretário da Saúde, Jorge Solla, de que os contratos com a Coopamed não poderiam ser renovados, como ocorria, regularmente, há sete anos.
O resultado prático da pendenga - segundo Tarcísio - é o festival macabro de improviso e incompetência patrocinado pela Secretaria de Saúde.
Enquanto as filas se agigantam nas enfermarias, médicos contactados pela Superintendência de Gestão e Regulação da Sesab para substituir os faltosos se recusam a atender ao chamado da central telefônica criada para este fim.
A insatisfação da categoria com os atuais responsáveis pela Saúde Pública do Estado pode ser mensurada pelos números: das 3.423 ligações feitas pela central telefônica buscando substituir médicos faltosos, nos últimos sete dias, apenas 35 aceitaram a tarefa.
O deputado Tarcízio Pimenta, na condição de Ouvidor Parlamentar da Assembléia Legislativa enviou ofício à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Regional de Medicina (Cremeb) e ao Ministério Público, solicitando destas instituições que acompanhem o funcionamento da rede pública hospitalar, "a partir de logo", entende que a situação exige soluções urgentes por parte do governador Jaques Wagner e do secretário Jorge Solla.