Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, até às 17h desta tarde, continuam presas os cerca de 18 a 20 pessoas que foram detidas esta manhã através da Operação Arara-Preta, pelos crimes de formação de quadrilha, receptação, porte e venda de animais silvestres. Entre os presos está o tio do ministro Geddel Vieira Lima, Jaime Vieira Lima, de 70 anos.

     A polícia já investigava o grupo Planeta Zôo, de Vieira Lima, desde 2006. Constatou que se tratava da maior quadrilha em atividade no estado com cerca de 1.500 animais silvestres comercializados por mês, sendo que muitos deles estavam ameaçados de extinção.

     Jaime teve sua prisão decretada e encontra-se detido na sede da Polícia Federal, na Cidade Baixa, em Salvador. 

   PLANETA ZÔO

    Jaime mantém esse zôo particular há anos e após algums denúncias de ambientalistas e pessoas ligadas aos direitos dos animais, fechou o Planeta Zôo a visitação pública, mas, estaria ou continuaria comercializando animais silvestres - macacos, saguis, tartarugasm jabotís, veados e outros.

    Esta manhã, a Polícia Federal chegou ao local logo cedo e prendeu Jaime Vieira Lima. A operação, denominada Arara Preta, levou à cadeia mais 13 pessoas na Bahia, duas delas em Feira de Santana - Roque de Jesus e Juracy Cardoso - responsáveis pela intermediação da compra de animais naquele município.

    No município de Ipirá foram apreendidos com um intemediário 300 jabutis e em em Riachão de Jacuípe também preso um comerciante com papagaios e outros animais.

    O delegado que comandou a operação (a partir de Feira de Santana), Fernando Berbet, disse que se trata de uma quadrilha que vinha operando na Bahia com ramificações em São Paulo e Rio de Janeiro, onde também foram presas outras pessoas.

    VIERA LIMA

    No caso da prisão de Jaime Vieira Lima, como se trata de tio de um ministro de Estado, GedDel Vieira Lima, e todos conhecem o temperamento de Gedell, é provável que esse episódio, da forma como foi realizado, traga consequências políticas.

   Até esse momento (17h) o ministro não havia emitido uma nota sobre o assunto.