O aumento dos salários também deve voltar á pauta
A Câmara dos Deputados voltará a discutir a proposta de aumento da verba de gabinete nesta semana. Integrantes da Mesa Diretora estão pressionando o presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), a colocar o assunto na pauta da Casa.
Por mês, os deputados têm disponível R$ 50,8 mil para pagar os salários de até 26 assessores --que variam de R$ 601 até R$ 8.040. O dinheiro é repassado diretamente aos funcionários e não passa pela conta dos deputados.
A proposta em discussão na Casa prevê reajustar o valor da verba de gabinete em 28%, percentual que corresponde à inflação acumulada nos últimos quatro anos. Isso garantiria aos deputados uma verba de R$ 65,1 mil.
AUMENTO DOS SALÁRIOS
Sobre o provável o aumento dos salários dos deputados não deve entrar na discussão porque, na avaliação de membros da Mesa, pois já há consenso de que a decisão será do plenário.
Os deputados querem elevar os salários para R$ 16,3 mil, um reajuste de cerca de 28%. Hoje, eles ganham R$ 12,8 mil.
Com relação à verba de gabinete --utilizada pelos parlamentares para contratar funcionários--, a decisão é de competência da Mesa Diretora.
"Primeiro vice-presidente da Câmara, o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB-MG) disse que dificilmente o assunto irá avançar na reunião desta semana, apesar da pressão dos parlamentares.
"Não ouvi entusiasmo [do presidente] com relação a isso. Tem medidas provisórias trancando a pauta, a CPI do Apagão para ser discutida, enquanto não tiver solução para isso não há ambiente na Casa para uma discussão sobre salário e reajuste da verba de gabinete", disse.
O deputado é favorável ainda que a discussão sobre o reajuste da verba de gabinete também passe pelo crivo do plenário, o que pode atrasar ainda mais o reajuste.