Política

CONTROLADORES DO TRÁFEGO AÉREO FAZEM GREVE DE FOME E CRISE SE AGRAVA

O Ministério da Defesa deve liberar nota ainda hoje
| 30/03/2007 às 17:17
  Os controladores do tráfego aéreo de Brasília distribuíram, nesta sexta-feira, um manifesto à população no qual alertam que não confiam nos equipamentos de que dispõem para trabalhar e nem nos comandos. Informaram, ainda, que começaram,  uma greve de fome e se auto-aquartelaram até que a pauta de negociações seja cumprida.

   O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, participa desde às 11h de uma reunião no Ministério da Defesa. Antes do encontro, o presidente afirmou que iria entregar uma proposta ao ministro Waldir Pires que permita a Infraero controlar o pouso e a decolagem em 67 aeroportos e o tráfego aéreo no raio de 10 km ao redor dos aeroportos. A crise é das piores e os passageiros correm risco de vida em alguns vôos - segundo informações de BSB.
 

  ESTOURO DA BAHIA

   O presidente do sindicato dos trabalhadores do tráfego aéreo do Rio de Janeiro, Jorge Botelho, disse que recebeu o manifesto e o reconhece, mas avisou que ele não foi gerado pelas associações e sindicatos.

   "É o estouro da boiada. Perdemos o controle sobre o pessoal", declarou Botelho, ao lembrar que insistentemente tentaram reabrir a negociações e não receberam nenhum aceno positivo. Informou ainda que repassou o manifesto ao gabinete do Ministro da Defesa, em Brasília, que se reúne com a cúpula do setor aéreo.


   Os controladores reinvidicam, o fim das perseguições aos sargentos controladores com retorno dos representantes da associações e supervisores afastados de suas funções, a criação de uma gratificação emergencial para a categoria, o início da desmilitarização e a nomeação de uma comissão para acompanhar as mudanças no setor.

Inércia

   O Procurador do Trabalho Fábio Fernandes advertiu hoje para o descaso das autoridades em relação ao tráfego aéreo do País. "Todas as condutas adotadas pelo governo foram para piorar as condições de trabalho deste pessoal", declarou o procurador.