Nesse momento o deputado Nelson Leal apresenta no plenário da Assembléia Legislativa o relatório sobre o projeto que contempla os autistas com assistência médica, educacional e social pelo Governo da Bahia, e que recebeu o veto do governador Jacques Wagner.

  Dezenas de mães e pais de autistas estão na AL pressionando os deputados para que o veto seja derrubado e os autistas possam receber esses benefícios do Estado. Muitas delas ficaram de costas para deputados da situação quando estes discursavam.

   Os deputados da bancada governista e os da oposição já se manifestaram em calorosos discursos no plenário. O deputado Waldenor Pereira (PT), líder da maioria, diz que o projeto do padre Joel merece todo o trespeito e consideração da sua bancada, mas, os autistas necessitam de "tratamento especial por parte do governo do Estado e um novo projeto deverá ser analisado pela Casa".

   Já o líder da minoria, deputado Gildásio Penedo (PFL) criticou duramente a postura dos atuais governistas e destacou que a postura do governo em querer situar o projeto como inconstitucional não tem sustentação na medida em que, se assim, for considerado, a reforma administração também teria o mesmo fim.  

   DOS DOIS LADOS

   Nas discussões nos horários das bancadas, o deputado Álvaro Gomes (PC do B) destacou que o governador Wagner tem compromisso com o social e é preciso que haja respeito a diversidade e compreensão da cultura da solidariedade. Gomes destacou que a inclusão social é prioritária, mas, o projeto do padre Joel, como se apresenta, contém equívocos que precisam ser removidos.

   Na opinião de Júnior Magalhães, da bancada da minoria, a oposição no governo passado entendia que o projeto era constitucional e hoje essa mesma bancada, acrescida de novos deputados, argui a inconstitucionalidade. O que está em jogo - destacou Júnior - são as famílias que precisam sem protegidas.

   Já o deputado Artur Maia (PSDB) também defendeu uma revisão no projeto do padre Joel entendendo que além de ser inconstitucional o governo do Estado tem uma proposta alternativa que poderá ser apresentada pelo secretário da Saúde, Jorge Solla, na comissão de Saúde da AL.

   Roberto Muniz (PP), discorda de Artur e diz que a Assembléia não vai bater as portas na cara das famílias e dos autistas e que o governo atual não pode se comportar como se fosse um governo de vingança.