O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cedeu aos apelos da bancada do PMDB na Câmara e deverá conseguir um quinto ministério para o partido. O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse que o partido terá o direito de indicar um nome para o Ministério da Agricultura, deputado Odílio Balbinotti (PR) que ganhou a queda de braço com o deputado baiano Valter Pinheiro (PT).

Com isso, o partido passa a controlar cinco pastas no segundo mandato de Lula: Comunicações, Minas e Energia, Saúde, Integração Nacional e Agricultura. 

O médico José Temporão, indicado pelo governador Sérgio Cabral (RJ), assumirá a Saúde. Os ministros Hélio Costa (Comunicações) e Silas Rondeau (Minas e Energia) permanecem à frente de suas pastas. O deputado Geddel Vieira Lima (BA) assumirá a Integração Nacional.

"O PMDB foi atendido nas suas reivindicações. Saímos satisfeitos. Foi uma decisão do presidente compatível com aquilo que o PMDB esperava", disse o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), após se encontrar com Lula, que conseguiu uma proeza e saiu superfortalecido no partido.

Balbinotti se reúne amanhã com Lula. No encontro, Lula deve oficializar o convite para ele assumir o ministério.

Segundo Temer, os cinco ministros do PMDB tomam posse na sexta-feira, às 9h. Neste mesmo dia, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) assume o Ministério da Justiça. O lugar de Tarso deve ir para Walfrido dos Mares Guia, hoje à frente do Turismo. O posto de Walfrido deve ficar com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT-SP).

Negociações

A bancada do PMDB na Câmara queria o direito de indicar nomes para dois ministérios para se igualar à cota do Senado, que controla Comunicações e Minas e Energia. Após muita insistência, o PMDB-Câmara conseguiu o controle da Agricultura e da Integração Nacional.

Para a bancada do PMDB na Câmara, a indicação de Temporão entra na cota pessoal do presidente Lula, já que ele foi apadrinhado por Cabral.

VALTER PINHEIRO

Falando esta manhã na rádio Nova Salvador FM o deputado Valter Pinheiro (PT) disse que estava confiante na possibilidade de ser ministro, porém, acataria a decisão do presidente da República e se manteria no seu partido com a mesma disposição de trabalho de sempre.