A mesa diretora da Assembléia Legislativa decidirá nesta quarta-feira, 7, pela instalação das comissões parlamentares de inquérito, na Ebal (proposta por Yulo Oiticica - situação) e na Saúde Municipal (proposta de João Carlos Bacelar - oposição). Historicamente, o parlamento baiano tem rejeitado matéria que não diz respeito específico ao estado, caso da saúde municipal, e, portanto, se prevalecer esse entendimento e os argumentos jurídicos, só vai vingar a CPI da Ebal.
De toda sorte, o vereador Sandoval Guimarães (PMDB) já conseguiu 22 assinaturas para criar uma comissão de inquérito, que na Câmara se intitula Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar os casos que rondam a Secretaria Municipal de Saúde, sobretudo no que diz respeito aos contratos milionários com instituições, depósitos de remédios vencidos e outros.
Sandoval disse ao BahiaJá que não abre mão dessa CEI e não haverá pressão que o faça desistir.

OPINIÃO DO BAHIA JÁ

Na Assembléia poderá, também, acontecer uma decisão de natureza política (desde que haja consenso entre as bancadas) no sentindo de não se instalar nenhuma comissão parlamentar de inquérito observando-se, somente do ponto de vista histórico, que as CPIs, tradicionalmente, fazem muita marola, mas, não trazem resultados mais consequentes para os envolvidos e para a sociedade. Vide, por exemplo, a investigação sobre os combustíveis, cartéis, etc, que não resultam em benefícios para população. Hoje, por sinal, a gasolina em Salvador é uma das mais caras do país (R$2,69) mais de 15 centavos de real acima dos preços da média nacional (R$2,50). E o cartel está aí presente em todos os pontos de venda dos combustíveis.