O março vermelho começa hoje para o MST que programou invasões em 50 áreas rurais na Bahia com o apoio do secretário estadual de Combate à Pobreza, Walmir Assunção. Temendo um incremento da violência no estado o deputado Heraldo Rocha (PFL) apelou para o bom senso do governador Jacques Wagner solicitando que ele interceda junto ao seu auxiliar e emita uma nota pública desautorizando-o a compartilhar desses atos.
O MST pretende ocupar 50 áreas ou fazendas, mas, não deu roteiro dos locais que vai invadir. Como o prazo dado pela direção estadual do movimento na Bahia foi março e o mês já começou a Federação da Indústria do Estado teme que já esteja acontecendo uma dessas invasões em algum lugar do território baiano.

JUAZEIRO

O crescente aumento da violência foi objeto de debate na Assembléia Legislativa, na sessão de ontem, quando o deputado Roberto Carlos (PDT) destacou que faltam políticas públicas para esse município, mas, que esse incremento na violência (segundo a Organização dos Estados Interamericanos - OEI - Juazeiro aparece como o primeiro dos 21 municípios baianos onde a taxa de pessoas assassinadas por grupo de 100 mil habitantes chega a 57.6%) não se deve ao governo Wagner e sim a ausência de políticas do ex-governo do PFL.
Citou o caso da fábrica Picadilly que se instalou em Juazeiro empregou muita gente e depois foi embora sem dar satisfações a ninguém deixando um rastro de desemprego. Já o deputado Misael Neto, da bancada governista e filho do prefeito de Juazeiro, Misael Aguilar, pontuou que antes do seu pai quem governava o município era o PT (Joseph Bandeira, hoje, deputado federal) e que o descalabro esta aí.