O líder da oposição na Assembléia Legislativa, deputado Heraldo Rocha (PFL), afirmou hoje, no plenário da Casa que o governador Jacques Wagner teria a obrigação de dar uma "nota pública à sociedade" desautorizando seu secretário de Combate à Pobreza, Walmir Assunção, o qual, já anunciou que vai dar apoio a invasões do MST na Bahia, a partir de amanhã, sob pena "da violência crescer" e tomar rumos inconsequentes.
Heraldo salientou que foi procurado por representantes da Federação da Agricultura da Bahia e outros segmentos do setor produtivo rural que temem um incremento da violência no Estado, a partir do momento em que o MST tem o aval público de um secretário de Estado. Para Heraldo Rocha o MST não tem dimensão dos seus atos e poderá invadir terras improdutivas e produtivas, como já aconteceram em outras regiões do país.
Em defesa do governo o deputado Carlos Ubaldino (PSC) disse que está cheio de "otimismo e esperança com o governador Wagner" e que mão teme o aumento da violência até porque os atos do MST deverão ser pacíficos. Já o deputado Roberto Carlos (PDT), também falando em defesa do governo, disse que faltam políticas públicas para minorar o problema da violência, que vai apresentar um projeto visando dar ocupação a mais de 7.800 jovens que seriam integrados a PM, e pontuou que a violência é antiga na Bahia, lembrando que o Estado era governado pelo PFL.

CRÍTICAS MAIS DURAS

Para o deputado João Bacelar, da bancada da oposição, o que venha a ocorrer com essas invasões programadas pelo MST com o apoio do governo do Estado será de responsabilidade do governador porque ele é o chefe do executivo. Já para o deputado Elmar Nascimento (PR) e bancada da oposição o MST não passa de um grupo de "bandoleiros, uns fora da lei".

COMENTÁRIO BAHIA JÁ

O clima na AL ficou quente esta tarde com as discussões em torno das invasões programadas pelo MST e que se iniciam a partir de amanhã. Óbvio que a proposta da oposição dando conta de que o governador teria que emitir uma nota pública desautorizando seu secretário não irá acontecer. Até porque, o governador não iria jamais desautorizar um secretário de Estado através de um pedido da oposição. 
Adiante, desde que a violência se estabeleça em casos de invsações nas áreas produtivas, aí ninguém sabe o que poderá acontecer. É certo que a imprensa estará atenta a todos os movimentos dos sem terra e esse assunto vai esquentar o debate político e poderá ter consequências desastrosas para a imagem da Bahia junto a investidores.