Pode parecer estranho. mas é a realidade: a manchete do Diário Oficial do Estado, edição de hoje, intitulada É Só Alegria atesta que tudo aquilo que os representantes do PT condenavam, em especial o deputado Emiliano José, mestre em fazer comparativos e dossiês numéricos, fazem agora em dose dupla. O que tem a ver de decreto oficial ou publicação nessa direção a eufórica manchete carnavalesca emoldurada com a foto de um baialado afro? Absolutamente, nada.
O DO traz, ainda, um balanço dos registros da violência afirmando que houve diminuição de crimes contra pessoa, ou seja, houve 1714 em 2007; contra 1715 em 2006. Ora diréis, que sutileza. No mais, os registros apontam crescentes percentuais de violência (já divulgados pela SSP como 30% a mais em relação ao Carnaval anterior) e dá como número de arrastões à ônibus 74 quando, a rigor, a imprensa já tem noticiado que foram mais de 90 arrastões.
Os números e os fatos da violência praticados no Carnaval foram registrados por toda imprensa televisiva nacional - Globo, SBT, Band e Record - e pelos veículos impressos de Salvador - A Tarde, Correio da Bahia - e nacionais - Folha, O Globo, Estadão - e mostramos aqui no BahiaJá o que estava se passando, inclusive com uma mudança no comportamento dos marginais que inovaram em atacar os ônibus em grupos de 20 e até 30 jovens.
GOVERNADOR SÓ
CONDENOU A GLOBO
O governador Jacques Wagner afirmou à imprensa que vai escrever uma carta à direção da Globo (TV), hoje, "porque está divulgando informações falsas". Segundo Wagner o Carnaval de Salvador "é o  mais tranqüilo do mundo". Há, ainda, insinuações do governador de que houve uma espécie de interferência planejada da TV Bahia, daí uma provável referência ao senador ACM, levando a questão para o plano político.
Como o senador ACM não é político de ficar calado em quaisquer circunstâncias, também hoje, certamente dará sua opinião sobre a matéria. A TV Bahia deverá se pronunciar oficialmente ainda que, já se sabe que a televisão atuou dentro da diretriz jornalística e a matéria do crime da Barra foi exibida à pedido de Wiliam Bonner que é o editor do JN.