O posicionamento do ex-governador Paulo Souto visando as eleições de 2010 já está em curso. Hoje, em A Tarde, ao publicar um artigo intitulado O PAC na Bahia, pag. 15, Souto bateu duro e afirmou que a Bahia, principal estado nordestino, "lamentavelmente não está devidamente contemplada pelo Programa de Aceleração do Crescimento com relação às principais obras de ferrovias, aeroportos, barragens, grandes adutoras projetos de irrigação e até mesmo nos projetos industriais onde o governo federal exerce grande influência na sua localização, podendo haver apenas um certo avanço no setor rodoviário".
O governador Jacques Wagner, aproveitando o programa de Varela, TV Itapoan, ao meio dia de hoje defendeu o governo Lula e o PACe utilizou a mesma resposta dada durante a campanha eleitoral de 2006 destacando que essa é uma crítica que o exgovernador já fazia quando governador e que a Bahia ficou de fora do principal programa estruturante de transporte do NE porque a "representação baiana não defendeu os interesses do Estado como deveria". Wagner até isentou o ex-governador Souto destacando (sem citar o nome de ACM) que a representação maior da Bahia fez com que o governo federal não colocasse o Estado como prioritário nesse projeto.
Wagner destacou, no entanto, de certa forma rebatendo o contexto do artigo de Souto, que já tem recursos garantidos para construir o complexo de viadutos da rotatória de saída e acesso ao Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, projeto que deverá consumir 76 milhões de reais, vai trabalhar para ampliar esse aeroporto e o de Porto Seguro, e vai trabalhar junto ao Ministério dos Transportes para incluir a Bahia em projetos rodoviários e ferroviários como a Brumado/Bom Jesus da Lapa e Ferrovia Oeste/Leste (em estudos) e Juazeiro/Petrolina com entroncamento em Salgueiro.
MAIS CRITICAS
O ex-governador Paulo Souto foi didático em seu artigo e salientou, entre outros pontos, além de não contemplar a Bahia, a Nova Transnordestina, um investimentos de 4.5 bilhões que se origina no Piauí e se desloca em dois troncos, um para o Porto de Suape em Pernambuco e outro para o Porto de Pecém no Ceará, "tenta se viabilizar com transporte dos grãos produzidos na Bahia - 60% dos grãos produzidos nos cerrados nordestinos - desestimulando uma solução ferroviária no Oeste para o litoral da Bahia".
Leia o artigo de Paulo Souto em A Tarde de hoje, 13/02/07, na íntegra.