Está excluido da pauta da Câmara dos Deutados pelo menos nesse primeiro momento a questão do reajuste dos salários dos deputados, tema que rendeu panos para mangas no final do ano passado e levou o Congresso a ser duramente criticado pela população, a ponto de conduzir sua imagem para o buraco.
Daí que o novo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), em reunião que manteve com as lideranças dos partidos retirou da pauta qualquer movimento em relação a análise dos super salários.
De toda sorte, Chinaglia é favorável ao reajuste não naquela proporção prevista incialmente de nivelamento com os juizes do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior de Justiça, algo em torno de 24 mil reais. Chinaglia defende reajuste considerando a variação da inflacão nos últimos três anos o que elevaria o atual soldo básico dos deputados de 12.847 reais para 16.500 reais.
MINISTRO POLÊMICO
O ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello, disse que gostaria de trocar o seu salário - estimado em 24 mil mais vantagens - pelo de um deputado, ironizando, desta forma, os integrantes do poder legislativo.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu o Congresso e os parlamentares criticando a postura de Mello.
Essa questão dos salários altos e do nivelamento por cima ainda vai dar muito o que falar este ano. Por isso mesmo, Chinaglia retirou o assunto da paura evitando, assim, uma maior polêmica.