Em reunião com o presidente Aldo Rebelo, os líderes partidários definiram a
distribuição dos cargos na Mesa Diretora. A 1ª vice-presidência caberá a um
deputado do PSDB e a 2ª vice-presidência, a um do PR.
O 1º secretário deverá ser um deputado indicado pelo PMDB e o 2º secretário,
pelo PP. Ao PMDB caberá a 3ª secretaria; e ao PFL, a 4ª secretaria. A 1ª
suplência ficará com o PTB; a 2ª suplência, com o PDT; a 3ª suplência, com o
PPS; e a 4ª suplência, com o PT.
Pois é. A Câmara, lembra Fredo Oblink, chefe de Gabinete do Presidente da
Casa, Aldo Rebelo, é uma casa política.
Em nome disso, tudo é resolvido em reuniões, inclusive a forma de se ler o
próprio Regimento da Casa e até a Constituição.
Foi o que aconteceu a pouco. O princípio da proporcionalidade foi para as
cucuias, graças a um entre-vírgulas do texto da regra: "a proporcionalidade,
SE POSSÍVEL", será obedecida.
E Aldo Rebelo é candidato indicado pelo bloco que menos deputados tem - PSB,
PCdoB, PDT, PAN, PMN e PHS. Aldo é candidato oficial do bloco. Fredo diz que
ele não precisa ser candidato avulso, até mesmo porque nenhum partido
reivindicou o cargo - Chinaglia e Fruet vão com candidatura avulsa. Como a
Presidência foi o último posto a ser escolhido nessa reunião, e ninguém
quis, o bloco do comunista o requisitou.
E Aldo vai para a votação amanhã certo de que o PSDB é que vai decidí-la, no
segundo turno. E seu chefe de Gabinete acredita que os tucanos não vão votar
em petista de jeito nenhum. Raciocínio lógico, que se apóia até mesmo na
decisão da candidatura de Fruet, que livrou seu partido dessa que seria sua
maior contradição.
O PC do B estará trabalhando até o início da votação, amanhã, às 15 horas,
para que o PSDB feche questão no voto a Aldo no segundo turno.