Política

ESTADO QUER RETOMAR HOSPITAIS TERCEIRIZADOS COM A INICIATIVA PRIVADA

Os empresários entendem que o Estado está na contra mão
| 21/01/2007 às 10:33
Ao anunciar em Irecê que o Hospital Mário Dourado Sobrinho administrado pelo Instituto de Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social da Microrregião de Irecê - Promir - voltará a ser gerenciado pelo Estado, o governador Jacques Wagner, estará fazendo uma reviravolta no setor estatizando serviços que hoje são prestados por organizações sociais e iniciativa privada.
No caso de Irecê o governo diz que vai manter o contrato por mais 60 dias e a partir daí voltará à gestão pública. Resta saber se neste prazo o Estado terá condições de colocar pessoal concursado para desempenhar as funções de administrar o hospital.
Há, ainda, uma incoerência na proposta estatizante do governo na medida em que o governo pretende discutir com a Prefeitura de Irecê a possibilidade do hospital ser municipalizado. Ou seja, querem entregar o pepino a Prefeitura que não tem condições financeiras de gerenciar um hospital desse porte.
SOLLA ESTATIZANTE
Alguns empresários do setor entendem que o secretário Jorge Solla tem a mentalidade estatizante e estaria, assim, na contra-mão da história uma vez que o modelo terceirizado já demonstrou que é mais eficiente no atendimento ao público e mais econômico para os cofres públicos.
Na Prefeitura de Salvador alguns postos de saúde 24 horas são gerenciados com as empresas hospitalares de porte - Beneficência Portuguesa, Sociedade Real Espanhola, São Rafael, Fundação José Silveira - com resultados muito melhores do que quando eram administrados pela Prefeitura.
Em relação ao hospital de Irecê com a possibilidade de ser municipalizado ainda que, com repasse do governo do Estado, as estruturas públicas municipais são sempre deficientes e os resultados onde isso ocorreu na Bahia - seja caso de Serrinha, Pombal, etc - foram ruins.