E a Bahioa, como ficará?
O governador Jacques Wagner quer criar uma frente de governadores do Nordeste para ter um maior poder de barganha com o governo federal. A proposta de Wagner, embora tenha sentido levando-se em consideração que a Bahia é o Estado líder da economia no Nordeste, deixa alguma apreensão entre os baianos, uma vez que sendo Wagner amigo pessoal de Lula, se imaginava (no inconsciente coletivo da população) que o novo governador da Bahia teria um grande poder de barganha com o presidente e traria (ou trará) investimentos para a Bahia.
Ainda é muito cedo para se fazer qualquer comparativo do governo Wagner com o de Waldir Pires (1987/89), mas, declarações dessa natureza remetem, automaticamente, a época do governo da mudança de Pires, que cunhou a expressão dando conta de que para mudar a Bahia era preciso mudar o Brasil e integrou-se na aventura de ser candidato a presidência da República, sendo, no final, apenas candidato a vice na chapa de Ulysses Guimarães e passando o Estado para Nilo Coelho.
O sentimento dos baianos é de que o governador Wagner deve primeiro defender os interesses da Bahia e anunciar projetos que visem o seu desenvolvimento e só depois pensar no Nordeste. Esse - creio - é o sentimento que emana da popualção.