Uma falha recorrente do goleiro Marcos Felipe, a carência de poder ofensivo para furar o bloqueio adversário e o Bahia perdeu (2 x 0) em Cali, e está fora também da Sul-americana (da mesma forma que caiu na Libertadores). Eliminado por suas próprias deficiências. Goleiro fraco, nervosismo fora de casa, a falta de objetividade. E como fez falta o meia Everton Ribeiro! Uma desclassificação decepcionante, sim.

 Um jogo como se esperava, corrido, brigado, contra um adversário valente e muito consistente na defesa. O Tricolor até ia bem, encarava, fustigava, até que levou um gol em falha absurda defensiva, no primeiro tempo. Daí, o time foi se enredando, nervoso, sem conseguir penetrar na muralha defensiva colombiana, o tempo passando... apesar da posse de bola, inócua, criou poucas chances de finalizar e, no último lance, levou os 2 x 0, sem direito a reclamar. Precisava ter vencido a primeira, na Fonte Nova. E precisa, urgente de um grande goleiro. Esse aí entrega,      

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Em Cali/Colômbia

- Estádio Olímpico Pascual Guerrero, decisão de vaga nas oitavas de final da competição; o primeiro confronto, na Fonte Nova, deu empate, 0 x 0. Em caso de novo empate no tempo regulamentar a decisão se faria por cobranças de tiros livres diretos da marca penal. O vencedor enfrentará o Fluminense do Rio, na sequência da Sula. 

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 - Noite limpa (25 graus), bom relvado, o público não chegou a lotar as arquibancadas; o time da casa com seu traje vermelho, o Bahia de camisetas brancas.  

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Com bola rolando ...

- Um Bahia bem à vontade, do seu jeito, desde o começo. O America também ao seu estilo, marcando forte, pegando duro, velocidade na frente. Aos 15’, primeira chance do Tricolor, com troca de passes e o chute forte e cruzado de Pulga, fora do alvo. Aos 17’, o árbitro viu falta num calço de Jean Lucas em Ramos, na meia lua. A cobrança desviou na barreira, escanteio. Muita disputa pelo meio-campo, corpo a corpo, faltas seguidas.

- Gol! 1 x 0, América, as 28’. Bola enfiada pelo meio para Ramos, Mingo chegou antes e atrasou para Marcos Felipe, que saiu mal e rebateu ainda pior, no pé do adversário, o veloz Murillo, que agradeceu e bateu com gol vazio. Mais um na conta do nosso goleiro, atordoado.

  Com o gol achado (presente do goleirinho), o time de Cali, em casa, o chamado ‘rei dos  empates, não leva gols’ recuou, fechou-se inteiro, no ferrolho, todos atrás da linha da bola, e despachando como dava. Chutões e correria. O Bahia atuando no campo adversário, a trocar passes, sem conseguir penetrar, finalizar. Aos 45’, quase os colombianos ampliaram, na bola parada – falta alçada da direita, cabeçada de Carrascal fechando da esquerda, pra fora.

  O Bahia começou bem e fazia um bom jogo, com o controle das ações, embora de finalizar; até o gol, com erro bizarro de Marcos Felipe. Daí o time arriou um pouco, como se perdesse a confiança. Ficou no totó pra lá e pra cá, o América fechadinho atrás... por uma bola parada, um erro do inimigo. Assim foi a primeira etapa. Era preciso mudar a postura, agredir mais. E sem errar atrás.

 

Segundo ato – Ceni trocou dois: Ademir por William José e Iago por Juba (deve ter sentido algo). Era atacar, tentar furar o bloqueio a muralha vermelha. O time de Cali inteiro atrás e já mascando, caindo, catimbando, gastando tempo. Aos 12’, erro absurdo de Iago, passe errado e pra trás, ainda bem que o cara errou o chute. Aos 14’, chapada de Barrios, passou assustando o goleiro Marcos Felipe; se é dentro ... era gol.

  Um Bahia bem pior, nervoso, errando muitos passes, sem conseguir penetrar, fuzilar. Aos 16’, Jena Lucas fez boa jogada pela esquerda, cruzou Pulga cabeceou mal, a defesa safou. Na resposta, o contragolpe, Ramos ganhou na velocidade e entrou livre, pelo meio, mas dessa vez Marcos Felipe salvou, arrojado, no chão.

Aos 27’, boa trama pela esquerda, Kayky ficou de cara, tentou cobrir o goleiro, cobriu a trave. A melhor oportunidade, até ali. O time da casa mascando, administrando, se defendendo e a torcida empolgada nas arquibancadas. O Bahia assediava e... nada.

- Depois dos 35’, Acevedo e Lucho entraram; Ceni arriscando tudo, meio que desordenadamente. Os colombianos na cera. Aos 43’, uma chance de William José, apareceu o bom goleiro Sotto, seguro, tranquilo. Tempo passando, cai-cai, catimba, substituições... bola furada, não teve mais jogo. Mentira!

Gol! 2 x 0, aos 52min. Antes do apito final, defesa desatenta, goleiro mal colocado, bola alçada, cabeçada de Garcez, bola na rede. Caixão fechado.

  E o Bahia fora da Sul-americana.   

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Destaques:  - No Bahia, o goleiro, uma temeridade. São erros seguidos, que comprometem (só lembrando: a lambança contra o Nacional, que nos tirou da Libertadores; o gol olímpico de Hulk, o gol de Marinho em Fortaleza e essa ratada dupla ‘de baba’ contra o América). Sem goleiro, de nada adianta.  No mais, de positivo, a força de Jean Lucas, a aplicação de Caio Alexandre. E só.

No América, o poder defensivo, a marcação implacável, a correria, a manha, a força física, a vontade de vencer.  Classificação mais que merecida.

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Ficha técnica

- O América de Cali escalado por Diego Raimondi: Sotto, Bocanegra, Tovar, Pestaña e Mina; Duca, Carrascal e Navarro (Gonzalez); Barrios, Murillo e Ramos. (Lucumio, Borrero, Garcez)

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, SantiÁrias, David Duarte, Ramos Mingo e Juba (Iago); Caio Alexandre (Acevedo), Jean Lucas, Michel Araújo (Lucho), Cauly (Kayky); Ademir (William José) e Pulga.

- Arbitragem argentina, Maximiliano Ramirez no apito.

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O Bahia volta a campo no domingo, às 18h39, na Fonte Nova; enfrenta o Juventude/RS, pela 17ª rodada do Brasileirão.  

- Por conta da Sul-americana, o Tricolor terá uma partida atrasada, pela rodada 16ª, contra o Vasco, em São Januário; data a ser remarcada. O time carioca também disputa a Sula, jogou na mesma hora do jogo do Bahia contra o Ind. Del Vale.   

 

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Nesta quarta-feira, dia 23, pela 16ª rodada/Brasileirão, o Vitória recebe o lanterna Sport do Recife (que vem de buzu), no Barradão, às 21h30.