No Sul, fora de casa, o Bahia venceu o RB Bragantino (3 x 0) e quebrou o tabu de nunca antes ter vencido o adversário em seus domínios. O Tricolor foi favorecido com a expulsão de uma atleta paulista ainda no primeiro tempo, mas teve a competência técnica e coletiva para se aproveitar disso, se impôs, mandou no jogo, trançou, não deu chances ao azar e goleou, poderia ter feito mais. Venceu com autoridade e inteligência. Com o triunfo, o Bahia foi 21 pontos e colou no grupo de cima da tabela.

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 Já o Vitória, no Barradão, mesmo atuando toda a segunda etapa com um atleta a mais, não passou de um 0 x 0 contra o Cruzeiro, e deixou o campo sob algumas vaias do torcedor, que enfrentou uma chuva forte, renitente, todo tempo. Aliás, o gramado encharcado, com muitas poças, a bola prendendo na água, prejudicou muito o espetáculo, o trabalho dos jogadores, travando o jogo, dificultando as tramas, o domínio da pelota. O placar não agradou o torcedor, claro, mas manteve o Vitória fora da zona de degola. A nota triste foi a fratura de tornozelo sofrida pelo lateral Jamerson, numa entrada dura, mas não intencional, do meia Eduardo (expulso de campo) do time mineiro.  

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- Jogos valendo pela 12ª rodada, a derradeira antes da Copa Mundial de Clubes, que começa no sábado, nos EUA. Assim, Brasileirão suspenso por um mês. 

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No Barradão

- Noite de quinta com chuva, vento frio, arquibancadas com público bem abaixo do esperado, gramado pesado, encharcado e com poças nalguns pontos. O Vitória lutando na parte de baixo da tabela de classificação para fugir da zona do desespero; o Cruzeiro brigando no alto, ocupando a vice-liderança. Nos últimos 20 confrontos, o Rubro-negro baiano venceu um. O Vitória de camisetas em vermelho e preto, listradas; o Cruzeiro de branco com detalhes em azul.  

 

- Com bola rolando...

  Um jogo muito amarrado, prejudicado pelo estado do gramado, a pelota prendendo nalguns pontos, a chuva batendo com vontade. Parelho. Disputa pelo meio de campo, intermediárias, e poucos lances de área, sem chances de gol. Com o tempo passando, Osvaldo e Mateuzinho apareceram pro jogo, o Leão mais efetivo. Depois dos 30min a chuva cessou.

 

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 Depois dos 40’, campo escorregadio, entrada violenta, por cima, em carrinho, do meia Eduardo no tornozelo de Jamerson, cena feia... suspeita de fratura, ambulância em campo. O meia do Cruzeiro foi expulso, com justiça. Janderson foi imediatamente conduzido pro hospital. O meia Eduardo, arrependido, postou-se ao lado do atleta do Vitória. Coisas do futebol, o gramado encharcado propiciou o lance imprudente e duro.

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 Nada mais aconteceu na primeira etapa, muito prejudicada por conta do tempo e do estado do gramado. O Vitória teve chances, mas o Cruzeiro meteu uma bola na trave de Lucas Arcanjo. Sem mais chuvas, esperávamos uma segunda etapa melhor, mais bem jogada, limpa.

  

 Na segunda etapa caberia ao Leão, em casa, atacar, tentar o gol. Tinha um atleta a mais em campo. Chutes de longa distância e bolas alçadas, postura ofensiva. A chuva voltou. O Cruzeiro cauteloso. Carpini trocou três, lançou-se inteiro ao ataque. O Leão melhor, ocupando o campo inimigo, mas... sem penetração, sem a finalização. Os mineiros suportando, já querendo o empate. Aos 39’, os mineiros tiveram uma boa chance, de falta, nas imediações da área baiana; o chute passou perto, assustando Lucas Arcanjo.   

 

Ficha Técnica

- O Vitória escalado por Carpini: Lucas Arcanjo, Claudinho; Edu, Zé Marcos e Jemerson; Baralhas, Ronaldo e Mateuzinho; Osvaldo, Kayzer e Lucas Braga. (Mosquito, William Oliveira, Carlinhos, Maicon, Leo Pereira)

- O Cruzeiro do treinador Leo Jardim: Cássio, William, Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki; Lucas Romero, Lucas Silva, Eduardo e Mateus Pereira; Kayo Jorge e Wanderson. (Bolasie, Marcinho)

- No apito, o carioca Alex Gomes Stéfano.

 

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 No Estádio Cícero Souza Marques/SP

- Tempo instável e frio na pauliceia, o time de Bragança em alta, terceiro colocado (com 23pts), nunca perdeu para o Bahia jogando em São Paulo, de olho na liderança. O Bahia, com 18 pontos, focando na classificação entre os quatro de cima, precisava quebrar o tabu. Relvado tapete, plateia miada. O Bahia com sua beca listrada, calções brancos; o Bragantino de camisetas brancas e calções vermelhos.

 

Com bola rolando ...

-  O time da casa é forte fisicamente e gosta do embate corpo-a-corpo, marca muito e usa passes longos, velocidade, procura dificultar o toque de bola do adversário, forçando o erro defensivo. O Bahia tentando manter a bola no chão, num ritmo mais estudado.

- Aos 7min, Ademir arrancou pelo meio, após falha da zaga paulista, ia entrando de cara e foi claramente empurrado pelas costas... o árbitro foi chamado pelo VAR, viu o lance na telinha, expulsou o lateral Hurtado, o faltoso e marcou a falta, na meia lua. O Bahia com um atleta a mais em campo desde os 11 min. William José cobrou a falta, na barreira.     

 O panorama mudou. Com um atleta a menos em campo o Bragantino se retraiu, fechadinho atrás, guerreando, explorando os chutões e a correria na frente. O Bahia com a bola, tramando, assediando, mas sem achar espaço para finalizar. Aos 25’, Jean Lucas dominou pelo alto e foi trombado pelas costas, pênalti claro que o árbitro ignorou. Aos 28’, Sacha tentou de longe, por cima. William José respondeu, de cabeça, pra fora. Amornou. O Bahia no totó (70% de posse de bola), o Braga todo atrás.

- Gol! 1 x 0 Bahia, Juba! Aos 40min. O Tricolor entrou tabelando, Everton, William José fez o pivô, Juba penetrou de cara, desviou do goleiro e abriu o marcador.

O Bahia cozinhava, o Bahia martelava, na maciota, o árbitro acrescentou 7 minutos, daí, aos 49min ...

- Gol! 2 x 0 Bahia, outra trama pelo meio, com a participação de William José, Everton Ribeiro finalizou, a bola ainda resvalou na zaga e entrou devagarinho.

 

Até por conta da expulsão do lateral do Bragantino, o Bahia se impôs e teve o domínio das ações na primeira etapa, atuou quase todo tempo no campo adversário; fez 2 x 0 com competência e foi pra merenda com boa vantagem. Era só saber jogar com inteligência, não recuar, e voltar pra casa com a vitória.  

  Segunda etapa – O treinador paulista trocou dois, lançou o centroavante paraguaio Pitta, um atleta forte, finalizador; mesmo com um atleta a menos iria pro tudo ou nada. Aos 4’, John-John bateu falta com perigo, a bola desviou na barreira e quase engana o goleiro Marcos Felipe.  Aos 8’, Everton tentou da entrada da área, passou perto. Aos 14’, Pitta arriscou, assustando. Aos 17’, Caio Alexandre bateu seco, de longe, passou perto.

- Outro panorama; um Bahia mais plantado, sem dar chances ao contragolpe adversário, sem pressa, apostando nos contragolpes. O Bragantino tentando de tudo, correndo, ‘peleando’, chutando de longe, fustigando. Mas...

- Gol! 3 x 0 Bahia! Michel Araújo, aos 28 min. Um golaço. Depois de uma trama de Juba com Pulga, pela esquerda, Michel Araújo recebeu nas proximidades da meia lua, ajeitou e meteu a canhota, uma bomba, acertando o canto.

- Aos 33’, noutra boa manobra, Kayky  recebeu  livre na área, pela direita e, cara a cara, bateu para defesaça do goleiro. Perdeu. O Bahia a trocar passes, administrando, girando, gastando a bola e o tempo, jogando com calma e inteligência. Aos 47’, Cauly ia fazendo um golaço, de cobertura, mas o goleiro Cleiton voou  espalmou no alto, a escanteio.  Um triunfo, com superioridade.

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Ficha Técnica

- O RB Bragantino do técnico Fernando Seabra: Cleiton, Hurtado (expulso), Pedro Henrique, Guzman e Guilherme; Gabriel, Eric Ramires, John John e Vinicinho (Natan); Lucas Barbosa e Sacha. (Pita, Eduardo, Mateus Fernandes, Fabinho)   

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Gilberto, David Duarte, Ramos Mingo e Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro; Ademir, William José e Pulga. (Michel Araújo, Árias, Tiago, Kayky, Cauly)

- No apito, Lucas Paulo Torezim.

 

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Outros jogos da rodada 12:

- Fortaleza 2 x 3 Santos; às 20h, Grêmio 1 x 1 Corínthians; às 21h30, São Paulo 1x3 Vasco;

  Atlético Mineiro 2x0 Internacional.

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Copa Mundial de Clubes

   A competição começa no sábado, em gramados dos EUA. São 32 clubes, divididos em oito grupos, na primeira fase – 2 apenas de cada grupo seguem adiante, se classificam.

Os jogos acontecem de 14 de junho a 13 de julho, em 11 sedes e 12 estádios.

  Dois clubes brasileiros estreiam no domingo, pela primeira rodada dessa fase classificatória (de grupos):

- Às 19h, Palmeiras x Porto/Portugal; às 23h, Botafogo x Seatle Sunders/EUA.

Ainda no domingo, às 16h, um jogão: PSG x Atlético de Madrid.

 O Flamengo estreia na segunda-feira, às 22h, contra o Esperance/Tunísia.

 O Fluminense joga na terça-feira, ás 13h, contra o Borússia Dortmund/Alemanha.