Uma arbitragem colombiana desastrosa, uma partida tumultuada, maluca, e o Brasil empatou com o Equador na altitude de Quito (1 x 1), cumprindo tabela. Joguinho ruim, muito prejudicado pelo apito, pelas disputas violentes, pelo mau futebol coletivo e individual. Um espetáculo de má qualidade, enfim. Ruim de ver. 

E não temos uma equipe para a Copa, essa é a realidade. 

*

 Quito 

 Tempo bom, publico limitado e controlado nas arquibancadas (cerca de 15 mil presentes), por conta da pandemia Covid 19, o amarelo predominando. Altitude, montanhas. 

 Estádio ‘Casa Blanca’, valendo pela 15ª rodada da competição; Brasil líder com folga e já classificado para a Copa, em novembro. O Equador está em terceiro lugar na competição, mas ainda precisando vencer para garantir presença no Catar.

O time da casa jogará de amarelo (com detalhes em azul escuro) e o Brasil de camiseta azul e calções brancos. 

*

Com bola rolando

Os equatorianos são robustos e jogam duro, sobretudo em casa. Muitos de seus atletas jogam em grandes clubes da Europa, são rodados. Antes dos dois minutos por pouco o Equador não abriu o placar, numa falta cobrada de esquerda, a bola pingando na pequena área brasileira, Valência errou a cabeçada.

- Gol ! 1 x 0 Brasil, Casemiro, aos 7 minutos. Escanteio da esquerda, Cunha ganhou a disputa pelo alto e Casemiro empurrou. Na primeira chegada do Brasil. 

 Aos 15 minutos, o goleiro Domingues entrou de sola na cara de Mateus Cunha, na meia lua, bola dividida. O árbitro consultou o VAR e expulsou o agressor. 

 Aos 19’, Emerson fez falta dura na lateral direita, já tinha tomado cartão amarelo, levou o vermelho e foi expulso também. 

 As duas equipes com 10 em campo. A partida toma rumos imprevisíveis, à essa altura.

 Olhe o VAR !  Aos 25’, Álisson também foi expulso, ao tirar uma bola fora da área com o pé alto, no rosto do atacante. Muita pressão, e o soprador de apito colombiano foi ver o lance no vídeo. Minutos depois, trocou de cartão. Anulou o vermelho e deu amarelo ao goleiro brasileiro, reviu a decisão, anulou a expulsão.

 Com tanta lambança... virou um baba.  Entradas duras, cai-cai, catimbas, os atletas forçando a barra diante da insegurança do árbitro, ritmo travado, picotado, tenso. Com 20 em campo, mais espaços no gramado pra se jogar, trocar passes.

  Tite tirou Phillipe Coutinho (que nem devia ter entrado) e lançou o experiente Daniel Alves.   Aos 51’, boa troca de passes e Cunha arrematou de fora, a bola passou rente do rodapé do poste direito equatoriano.

 - Com tantas paralizações, 9 minutos de acréscimos na primeira etapa, complicada, confusa e muito tensa, por conta do apito e do comportamento dos atletas em campo. Mas o Brasil na frente, 1 x 0. 

*

  O segundo tempo começou corrido, o time da casa buscando o empate, jogando avançado e marcando duro, chegando junto o campo inteiro. Duas chances pra eles, desperdiçadas. Tiago Silva perdeu uma para o Brasil, finalizando pra fora, depois uma falta alçada da intermediária. Jogo duro e difícil. O time da casa inteiro, em alta velocidade, os brasileiros mais postados, garantindo o placar e apostando num contragolpe para matar...

 - Aos 9’, o árbitro inventou um pênalti para o Equador, numa jogada confusa com Estrada, dentro da área, tropeçando no pé de Raphinha. Os árbitros de vídeo chamaram o colombiano e ele foi ver... voltou atrás, anulou a marcação, não foi pênalti.  

Arbitragem horrível, pusilânime, insegura. 

       

Aos 26’, Alex Sandro disparou forte, de longe, frontal, o goleiro rebateu. Aos 28’, Gabriel Jesus tentou, bola nas mãos de Martinez.  

- Gol ! 1 x 1, Equador. Escanteio da direita, Torres subiu livre, antecipando-se à zaga, e testou forte, empatando a partida. Aos 30 minutos.

  - Aos 47’, Álisson saiu atrasado numa bola alçada, que quicou na área, socou a bola dividida na cabeça do atacante e o árbitro apitou pênalti, contestado. Álisson recebu o segundo amarelo e foi expulso.  Haja confusão...   Os árbitros de vídeo chamaram, de novo, questionando a marcação.  E, novamente voltou atrás da decisão, tirou o cartão amarelo dado a Álisson e anulou a penalidade marcada. 

 Uma bandalheira, nunca vista. Uma arbitragem equivocada, um espetáculo ruim, sujo. 

 Deu empate, 1 x 1. 

 *

Destaques

Uma atuação patética do goleiro Álisson, atrapalhado, nervoso, errou muito. Tiago Silva em fim de carreira, lento. Um meio campo de marcação e sem nenhuma criatividade. Opacos Raphinha e Vini Jr, nulos Gabigol e Gabriel Jesus. Boa movimentação de Mateus Cunha. Phillipe Coutinho ?  Émerson? 

 Tite, faz favor, dê um tempo, vá cuidar de suas galinhas no quintal ...  faria melhor.

 Até agora não temos time pra fazer alguma coisa na Copa.  Lamentável. 

*

Em campo:

- Álisson, Emerson (Daniel Alves), Tiago Silva, Militão e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Phillipe Coutinho; Raphinha (Anthony), Mateus Cunha (Gabigol) e Vini Jr (Gabriel Jesus). 

- O Equador do técnico Gustavo Alfaro: Domingues (Martinez), Preciado, Hincapié, Felix Torres e Estupuñan; Franco, Caicedo e Gruezo; Estrada, Enner Valencia e Plata.

Arbitragem de Wilmar Roldán, da Colômbia, com VAR.  Soprador de apito caseiro, inseguro, confuso. Comprometeu o espetáculo.  

*

 Pela 16 ª rodada, o Brasil joga em casa, terça-feira, 21h, contra o Paraguai.

  Esperamos que tenha futebol.