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SULAMERICANA: BAHIA VENCE O GUABIRÁ DA BOLIVIA E É LIDER DO SEU GRUPO

Não foi um bom jogo, o Tricolor foi até apático na maior parte do tempo, mas jogou o suficiente para vencer (1 x 0) o lanterna Guabirá
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 13/05/2021 às 21:23
Guabirá 0x1 Bahia
Foto: DCE SPORT

  Não foi um bom jogo, o Tricolor foi até apático na maior parte do tempo, mas jogou o suficiente para vencer (1 x 0) o lanterna Guabirá, conseguir os três pontos e chegar à liderança, com o mesmo número de pontos do Independientes (oito pontos), próximo adversário. O Tricolor tem um saldo de gols melhor que os argentinos. O gol da partida foi de Gilberto (artilheiro da competição), de bela feitura, no segundo tempo.  
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Jogo no estádio Gilberto Parada, na cidade de Montero, perto de Santa Cruz de La Sierra, noite limpa, 27 graus na Bolívia. 
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 Com bola rolando ...

 Ainda sem ter vencido na competição, em casa o Guabirá começou avançado, marcando a saída de bola no campo tricolor. O Bahia com Rodriguinho no meio campo, sem Thaciano, e com dois pontas abertos (Rossi e Ruiz), uma postura teoricamente mais ofensiva, pensando em golear e assumir a liderança do grupo. Mas o jogo começou morno, com ares de amistoso.

  Peleja modorrenta, muito totó, sem lances de área, nenhuma inspiração, ritmo lento, o tempo passando, trinta minutos e nada. Aos 33’, a primeira chance: Rossi foi ao fundo, pela direita, e cruzou na cabeça de Rodriguinho que testou de frente e acertou o travessão. Aos 36, novamente Rossi desbravou pela direita, cruzou e Matheus Bahia empurrou para as redes, mas a arbitragem flagrou impedimento no lance. Aos 40’, Rodriguinho enfiou para Matheus Bahia na esquerda, saiu o cruzamento, Gilberto tentou escorar na pequena área, não chegou por pouco. E só. 

  Babinha chato no primeiro tempo e um 0 x 0 preocupante, sobretudo para as pretensões do Bahia na competição. Um pouco mais de vontade e intensidade seria necessário. Ânimo ! Quem sabe uma sacudidela nos vestiários? Era preciso querer vencer. 
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 A bola continuou maltratada no começo da segunda etapa. Jogo feio. Um pouco mais de velocidade e ritmo, então. 

 Aos 4’, Patrick achou Rossi entrando livre pela direita, mas o chute cruzado e rasante saiu em cima do goleiro. Depois, Gilberto arriscou de longe, lá nas arquibancadas vazias. Aos 9’, Patrick achou Ruiz entrando em velocidade pela esquerda, o tiro saiu sem força, nas mãos do goleiro. 

 - Gol ! 1 x 0, Gilberto, aos 11 minutos. Recebeu de Patrick na entrada da área, livrou-se da marcação com dois dribles desconcertantes e bateu de canhota, cruzado, rasteiro, a bola tocando ainda no rodapé da trave antes de entrar. Ufa! 

  Aos 15’, depois de um escanteio, Rossi levantou da esquerda e Juninho testou, fora. Depois do gol, o time da casa saiu mais, precisava fustigar um pouco na frente. O jogo ficou mais aberto. Aos 19’, Nino desbravou pela direita e deixou Rodriguinho à vontade, mas o meia errou a finalização. 

 Dado tirou Ruiz e colocou Thaciano. O Bahia já evoluia melhor, trocando passes, chegando com facilidade na área adversária. O Guabirá correndo atrás do preju, dando algum trabalho. 

  Por volta dos 30’, Dado pôs Maikon Douglas e Galdezani em campo, tirando Rossi e Daniel. Depois Thony Anderson e Capixaba substituindo Gilberto e Matheus Bahia. 

  O Tricolor controlava a partida mas ... precisava matar o jogo, fazer mais um gol.  Aos 38’, novamente Patrick achou Maikon livre na esquerda, mas a finalização saiu errada. 

 Deu Bahia, valeu os três pontos, mas ficou aquela sensação de dúvida pra quem apostava numa goleada: jogando dessa maneira, essa bolinha, dá pra encarar o Independiente na Argentina?     
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Destaques
Patrick, o mais lúcido, bons passes. A correria de Rossi. O gol de Gilberto. 

 Escalações 

- Guabirá : Mustafá, Ibañez (Chores), Amarilla e Leaños; Supayabe, Hurtado (Alvarez), Peredo e Mercado; Vogliotti, Hoyos e  Pascua (Quiroga).  Treinador, Victor Andrada. 

 - Bahia : Mateus Teixeira, Nino, Conti, Juninho e Matheus Bahia; Patrick, Daniel (Galdezani) e Rodriguinho; Ruiz (Thaciano), Gilberto e Rossi (Maikon Duglas).  Treinador, Dado Cavalcanti.
 Arbitragem venezuelana; no apito, Juan Soto. 
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Na sequência, fechando essa fase classificatória (apenas um de cada grupo segue na competição) o Tricolor enfrenta o Independientes (ARG) em Buenos Aires, na próxima terça, e depois recebe o Montevideo City Torque (URU) em Pituaçu. 
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  Um recado para a direção do Bahia. Time de transição, com garotos novos, tem de ser dirigido, treinado por um profissional rodado, experiente, com bagagem para transmitir aos moços e autoridade para cobrar, exigir.  Claudinho, um neófito, não conseguiu sequer dar um padrão coletivo ao time que disputou (sem brilho algum) o campeonato baiano.
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 Mais uma vez parabéns ao Bahia de Feira e ao Atlético de Alagoinhas, merecedores de disputar o título. A festa no Interior começa domingo. O primeiro confronto é em Alagoinhas.  
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 Dia 13 de maio é aniversário de fundação do Vitória, mais que centenário (1898). Nossas felicitações e desejo sincero de uma boa recuperação em campo ainda nesta temporada.