Economia

PRESIDENTE Dilma defende ajustes e pede que ministros reajam a boatos

VIDE
Terra/Fernando Diniz , BSB | 27/01/2015 às 19:48
"Precisamos garantir a solidez dos indicadores econômicos, disse Dilma Rousseff.
Foto: Roberto Stuckert Filho
Na primeira reunião ministerial de seu segundo mandato, a presidente da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta terça-feira ajustes na economia e pediu empenho de sua equipe para gastar com mais eficiência e “reagir a boatos” sobre as novas medidas do governo. Segundo a presidente, os direitos dos trabalhadores são intocáveis, e os ajustes são necessários para preservar as conquistas sociais.

“As medidas que estamos tomando e tomaremos vão consolidar um projeto vitorioso nas urnas”, disse a presidente, em sua primeira fala pública desde a posse, no dia 1º de janeiro. “As medidas dependem muito da estabilidade e credibilidade da economia. Precisamos garantir a solidez dos indicadores econômicos”, acrescentou.

No discurso, na abertura da reunião na residência oficial da Granja do Torto, a presidente defendeu que os ajustes no seguro-desemprego, pensão por morte e outros benefícios trabalhistas e previdenciários fazem parte das "medidas corretivas" tomadas para se adequar a uma nova realidade brasileira. Dilma cobrou empenho de seus 39 ministros para que a “falsa versão” sobre a atuação do governo não se alastre.

“Não podemos permitir que a falsa versão se alastre, reajam a boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública. Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas. (...) Quando for dito que vamos acabar com a conquistas dos trabalhadores, reajam em alto e bom som: não é verdade, os direitos trabalhistas são intocáveis”, disse.

“Vamos falar mais, comunicar os nossos desafios e nossos acertos. Vamos mostrar a cada cidadão que não alteramos um só milímetro o projeto vencedor da eleição”, acrescentou.

Ao comentar cortes de gastos no Executivo enquanto o Congresso não aprova o Orçamento deste ano, a presidente disse que contará com o conhecimento dos titulares para enfrentar o desafio. “Vamos fazer mais gastando menos”, disse.

Para justificar o cenário econômico desfavorável, Dilma citou o mau momento vivido por países da Europa e no Japão, além da queda expressiva no preço das commodities. Segundo ela, é preciso recuperar o crescimento “o mais rápido possível” para garantir a continuidade da geração de emprego e renda.

“Contas públicas em ordem são necessárias para o controle da inflação e a garantia sustentável do emprego e da renda. Vamos promover o equilíbrio fiscal de forma gradual”, defendeu.

Sobre a inflação, a petista disse que em nenhum momento descuidou do controle. “Por isso ela sempre foi mantida no limite do regime de metas”, disse.