Um local com comida caseira comanda por dois irmãos e que tem tradição de 70 anos de existência
O bilhete vale para o percurso de volta, mas, yo, la señora Bião de Jesus e minha neta Luna Rosa preferimos visitar o museu da Arqueologia que conta a histórica da cidade em seus primórdios e há uma vasta exposição de objetos do paleolítico e da idade do ferro - vasos, pratos, chaves, talheres, etc - e decidimos descer para a baixa pela ladeira que dá acesso a Calçada do Carmo e também a Calçada do Duque chegando-se até a praça Marques de Pombal.
Minha neta não perdeu tempo e entrou local numa das lojas vintagens que há na ladeira do Carmo e completou sua coleção de anéis exóticos nos dedos. Enquanto isso, yo mais adiante já cubava um restaurante para almoçarmos - já passava das 16 horas e o apetito aflorava a flor da pele - quando deparei-me com O Adriano um local que se assemelhava, a primeira vista com o Porto Moreira, a casa portuguesa mais antiga de Salvador.
Convenci as girls de que era o local ideal para uma crônica e o almoço. Houve resistência e ainda andamos até a Marques de Pombal mi nieta dizendo que conhecia a área, mas, retornamos ao Adriano. E, para nossa alegria - já escrevia isso num conto chamado 'As Formas de Deus' - o Adriano além de assemelhar-se na real com o Moreira havia um pé-de-balcão tomando geladas idêntico ao irmão de Nieta uma vizinha nossa do Beta, Chame Chame.
Quem me chamou a atenção foi a señora Bião, a essa altura já bebericando um Planura, um regional do Alentejo: - Eis que estamos diante do irmão de Nieta. Completei: - Ele está a olhar Luna. Minha neta nem ligrou e mais instantes depois criticou: - Bar de véio, que coisa!
Pois, o Adriano, assim como o Moreira, tem mais de 70 anos e quem toma conta do bar e restaurante são os filhos do velho Adriano (já falecido) Felipe e Rui tal igual ao Moreira onde reinaram o velho Moreira (já falecido) e os irmãos Francisco (Chico) e Antonio (mais conhecido por Moreira, já falecido) numa semelhança impressionane.
Rui a comandar o balcão e Felipe o salão com a ajuda de Sêo Paulo, um garçom de longo curso, assemelhado a Ailton, do Moreira, já aposentado. Felipe me disse que Paulo já faz parte da familia tantos anos no batente. E foi Felipe que sugeriu o Planura dizenque que, se bom não fosse não pagariamos. La señora Bião de Jesus - conhecedora de vinhos - ainda quis trocá-lo por um Herdade da Ajuda entendendo que o Planura não caiu bem, mas, já tinhmos avançado quase meia garrafa.
Fomos aos pratos que é o objetivo da pena deste escriba na coluna A Boa Mesa e minha neta - pra variar - solicitou batatas - e nosotros azeitonas e bolinhos de bacalhau. Os pastéis de bacalhau - assim chamados em Lisboa - são variados a cada casa e no Adriano deliciosos, rústicos.
De principal segui a sugestão de Felipe experimentando o Bacalhau a Adriano - especialidade da casa - e la Bião um polvo a lagareiro. Fantásticos. Muito bem preparados por ums senhora cozinheira, delicosos, fartos com texturas leves e com sal no ponto certo.
Nossa vontade de comer foi de tal ordem - tenho impressão em decorrência do andar pelas ladeiras - que não sobrou nada. Aliás, quando fazemos quando vamos ao Moreira. De quebra, creio pela maldição da bota 'demônia' la Bião deu uma cotovelada na sua taça do tinto lançado o líquido sobre parte da mesa e a saia nova e meia transparente da jovem Luna, a qual caiu na risada e pediu socorro ao Sêo Paulo que logo apareceu com um pano para enxugar o local do acidene.
Rui astuciava do balcão onde servie aos pés-de-balão e disse: - Quem derrama vinho sobre a mesa em Portugal é sinal de felicidade.
E assim felizes e satisfeitos, pedimos a conta. E, mais uma semelhança: a conta vem num pedaço de papel pequeno (igual a que Moreira fazia) com a descriação dos produtos a caneta e os preços. Que beleza.
O Adriano também tem uma decoração parecida com o Moreira com vários quadros nas paredes, uma exposição de flámulas de times de futebol e conta com dois ambientes. Há um externo com mesas na Calçada do Carmos. Há, entre as fotos e outros na virtine uma revista Manchete antiga com uma foto de Pelé ainda bem jovem.
Oferta da casa, Felipe nos ofereceu uma porção de queijo de ovelha curado. De orar para São Roque.
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Restaurante Adriano
Calçada do Carmo, 41
Lisboa
Fone 231 452 464
tasca_adriano@sapo.pt
Polvo lagareiro 18 euros
Bacalhau da casa 12 euros
Vinho Planura 14 euros
Porto dose 4.5 euros
Batatas 9 euros
Não cobra 10%
Classificação 3 DONS
