Colunistas / A Boa Mesa
Dom Franquito

MOCOTÓ NO FLOR DE OXUM É DELICIOSO COM PIMENTA, PIRÃO E PINGA

Restaurante Flor de Oxum, Rua Romualdo de Brito, 6, Lauro de Freitas
25/02/2011 às 09:01

Foto: BJÁ
 
Acompanhado do amigo Pinheiro, não o senador Walter porque meu coturno é de soldado raso, mas, de Jorge, gerente da Prorural da Luis Tarquínio, Vilas do Atlântico, fui saborear o mocotó do Restaurante Flor de Oxum, em Lauro de Freias, a 500 metros da gloriosa matriz de Santo Amaro de Ipitanga.



Mocotó feito por sergipanos de Lagarto. Sêo Zé, um homem já idoso e que ainda labuta com as panelas, o próprio é quem prepara a iguaria; Zico, filho de Zé, camarada que conversa pelos cotovelos, agitado igual ao atacante do Flamengo em tempos idos, que diz servir "filé de mocotó", tal a qualidade do produto à mesa; e Fábio, sobrinho de Zico e neto de Zé, o qual serve aos clientes e produz o melhor pudim de leite da RMS.



Por falta de marketing, portanto, o mocotó do Restaurante Flor de Oxum, não fica fora do contexto.

E pra provar que o prato é delicioso, um dos mais apreciados da culinária pesada, Zico me oferece uma colher de sopa com uma prova do pirão do mocotó, que comi com muito prazer e achei de bom tempero.



O mocotó de Zico é servido no estilo PPP, nada que se assemelhe a uma Parceria Público Privada, tão em moda na gestão pública, mas, PPP de Pirão, Pimenta e Pinga.



Santo Cristo todo poderoso como dizem os crentes da Renascer. Livrai-nos dos pecados da gula, amém.

Após um pica-pica de "livro" com pirão, Zico serviu-me uma dose caprichada de Velho Antonio e, quando dei por conta, Pinheiro, o tal da Prorural, grande conhecer de cães e gatas, já experimentava uma feijoada.



De minha parte, claro, fui colocando a composição do mocotó em meu prato, à gosto, pois os panelões de Sêo Zé ficam expostos à quilo para que os clientes se sirvam à vontade, acondicionando o pirão num canto do fundo, depois as cartilagens, livro, carnes, o bom do tutano, e acobertando, em parte, com arroz branco, pimenta, farofa e limão.



Depois é pedir ao Senhor para poupar o infarto e seguir em frente com calibragens do Velho Antonio adicionadas aquela que desce redonda, quando gelada como estava a do Flor de Oxum, suar em bicas e clamar aos céus.



Pra fechar a conta um suco de biribiri com abacaxi e o pudim de Fábio.



Amigão, como diria o coronel Cristovam Rios, depois dessa só indo até a igreja de Santo Amaro de Ipitanga, caminhar contra o vento, pra fazer a digestão.



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Restaurante Flor de Oxum

Rua Romualdo de Brito, 6

Lauro de Freitas, Bahia, centro

Fone 8841.5445

Só aceita dinheiro

Média do prato R$20,00

Sugestões variadas:

Segunda: Carneiro e lombo

Terça-feira: Galinha caipira

Quarta-feira: Rabada e Cupim de Boi

Quinta-feira: Cozido

Sexta e sábado: Feijoada e mocotó