Direito

QUEM É O TIO PATINHAS E A DAMA DO TRÁFICO QUE VISITOU O M. DA JUSTIÇA

Estadão traz novas noticias sobre o caso de artigo de Cantanhede
Tasso Franco ,  Salvador | 14/11/2023 às 08:23
Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas
Foto: Amazonas Post
 
Notícias do Amazonas – Clemilson dos Santos Farias, de 45 anos, conhecido como Tio Patinhas, é apontado pela policia como um dos “chefões” da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas. Ele é considerado um individuo de alta periculosidade e em dezembro de 2022, foi preso e condenado a 31 anos de reclusão por associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Tio Patinhas é casado com Luciane Barbosa Farias, braço financeiro do CV. O nome do casal veio à tona nesta segunda-feira (13), depois de repercussão de reportagem do Estadão que mostra que Luciane se reuniu duas vezes com a equipe do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Em 2022, a polícia prendeu “Tio Patinhas” quando ele estava prestes a se casar com Luciane. Ele é o número um na lista de procurados do Amazonas.

A esposa dele, Luciane conhecida como “dama do tráfico” foi recebida duas vezes em 2023 por auxiliares do ministro da Justiça, Flávio Dino.

A Justiça do Amazonas atribui uma série de assassinatos em Manaus à Clemilson. Um dos crime mais chocantes, dentre esses ocorreu em 23 de abril de 2019, quando um homem foi encontrado morto na Zona Leste.

O cadáver estava enrolado com um fio elétrico, envolto em sacos e coberto por papelão, com um bilhete escrito: “Devia ao tio Patinhas”.

O líder do tráfico também teria financiado a fuga de 35 presos do Centro de Detenção Provisória de Manaus, em maio de 2018.

Apesar de o nome da “dama do tráfico” não aparecer na agenda oficial das autoridades, o Ministério da Justiça admite que a mulher foi recebida por secretários do ministro Flávio Dino, mas afirma que ela integrou uma comitiva e era “impossível” o setor de Inteligência detectar previamente a presença dela.

Casada há 11 anos com Clemilson, Luciane e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Sentenciada a dez anos de prisão, a “dama do tráfico amazonense” responde em liberdade.