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O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait), a Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais (AAFIT/MG), em parceria com a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), realizam nesta sexta (27), em Belo Horizonte (MG), um ato público, que acontece em frente ao prédio da Justiça Federal , para pedir o julgamento dos nove acusados de terem assassinado três auditores - fiscais do trabalho, e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), na zona rural de Unaí (MG), em 2004. O caso ficou conhecido internacionalmente como a Chacina de Unaí. A manifestação está prevista para começar às 10h.
Em Salvador, a data também será lembrada. Na sede da Superintendência Regional do Trabalho (antiga DRT), Avenida Sete, uma faixa com os dizeres "Chacina de Unaí - 8 anos de impunidade. A sociedade exige julgamentos dos acusados" pretende chamar a atenção para o caso que provocou a indignação da sociedade. Durante a manhã, cartazes serão afixados e uma nota do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Safiteba) será distribuída.
Por causa do simbolismo da data e para homenagear os servidores que morreram no exercício de suas funções, o dia foi escolhido como o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho e é também o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.
AcusadosEntre os acusados de serem os mandantes do crime está o prefeito e fazendeiro de Unaí, Antério Mânica. Ele é denunciado, junto com o irmão Norberto e Hugo Alves Pimenta, de planejar a chacina. Os três estão em liberdade. Por ser político, Antério Mânica será julgado em foro especial - um privilégio concedido a autoridades.
Cinco acusados já tiveram seus processos desmembrados e podem ser julgados, são eles: Erinaldo de Vasconcelos Silva, Francisco Elder Pinheiro, Rogério Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda e José Alberto de Castro. Com exceção deste último, todos estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Outro acusado, Humberto Ribeiro dos Santos, também está preso em Belo Horizonte, mas seu processo ainda não foi desmembrado.
A chacinaO dia 28 de janeiro de 2004, os auditores - fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, estavam em uma estrada da zona rural de Unaí, quando foram abordados e assassinados por tiros à queima-roupa. O motorista, mesmo baleado na cabeça, teve forças para levar a caminhonete de volta ao asfalto, onde foram encontrados.