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O Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) deve analisar na sessão desta quarta-feira, 25, a denúncia de possível fraude na eleição que escolheu o mais novo membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a desembargadora Sara Brito.
A candidata derrotada à vaga deixada pelo desembargador Mário Alberto Hirs (que foi eleito presidente do TJ para o biênio 2012/2013), Daisy Lago, denunciou que na eleição do dia 18 último houve três votos "a mais". Na ocasião, estavam presentes 34 desembargadores e a atual presidente do TJ, Telma Britto, mas foram contados 38 votos. Na contagem, Sara Brito saiu vencedora com 18 votos contra 17 de Daisy Lago. Três votos foram nulos.
Daisy Lago, que perdeu por apenas um voto, entrou no dia seguinte, quinta-feira (19), com requerimento pedindo a realização de um novo pleito e sugeriu a abertura de uma investigação criminal para apurar os fatos. "Nesta circunstância, é com enorme pesar que, se constatada a ocorrência de vício insuperável decorrente de erro ou fraude, que macula a validade do resultado e, por isso mesmo, a convocação de uma nova eleição", escreveu a desembargadora no documento.
Além de polêmica, a sessão foi considerada histórica na corte eleitoral baiana, pois a vencedora, Sara Brito, desbancou o poder do desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, que apoiou Daisy Lago. Desde 2002, quando Cintra derrotou o candidato do ex-governador e ex-senador Antônio Carlos Magalhães, Amadiz Barreto, ele viu todos os seus candidatos vencerem as disputas internas no TRE.
Agora, o desembargador teria a pré-disposição de tentar voltar à presidência da corte eleitoral. Porém, ele só poderia ocupar o cargo novamente, segundo os desembargadores, se sua candidata fosse eleita e não concorresse à presidência.