Direito

ELEIÇÃO DE SARA BRITO PARA TRE MOSTRA NOVA CORRELAÇÃO DE FORÇAS NO TJ

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| 20/01/2012 às 13:28
A eleição de Sara Brito, em tese, representa uma derrota para Dultra Cintra
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  A eleição da desembargadora Sara Silva de Brito para a presidência do TRE com 18 votos contra 17 votos da desembargadora Daisy Lago Ribeiro, questionada por esta alegando que teria havido uma provável "suspeita de fraude" porque o número de votos não corresponde ao número de votantes, segundo advogados consultados pelo BJÁ não tem cabimento.

  No entendimento desses advogados, o importante é a lista de presenças. Se o número de cedulas válidas e rubricadas pela junta eleitoral coincide com a lista de votantes, tudo bem. Se há discrepância o mais sensanto seria uma nova votação. Até porque, caberá ao TRE julgar os processos eleitorais. , em 2012.

  Nos meios jurídicos diz-se que, o ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, que derrotou Amadiz Barreto, candidato de ACM à presidência da Corte em 2002, foi surpreendido, com a votação de Sara.


  Considerado o todo poderoso do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o qual já comandou, ele foi derrotado ao apoiar a desembargadora Deyse Lago, em oposição à desembargadora Sara Brito.


Dultra Cintra não poderia se candidatar porque já foi presidente e só poderia ocupar o cargo novamente, segundo os desembargadores do poder, caso sua candidata, Deyse, por ser eleita, não concorresse à Presidência.


Sara Brito, surpreendentemente, derrotou Deyse Lago, por 18 votos contra 17, e, com isso, poderá ser, se assim desejar, a futura presidente do Tribunal de Justiça da Bahia.


Sara é viúva do grande jurista baiano Pedro Milton, que teve uma passagem marcante na luta pela democracia na Bahia na condição de jurista e advogado.


Foi a primeira derrota experimentada pelo desembargador Cintra desde 2002, quando desbancou o candidato de Antônio Carlos Magalhães. A vitória de Sara não era previsível por boa parte do Tribunal. Dessa forma, algo se move em posição contrária ao atual poder do Judiciário da Bahia