O Presidente da OAB-BA, Saul Quadros, encaminhou, nesta segunda-feira (16), um ofício à Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Telma Britto, pedindo a identificação dos responsáveis por terem feito movimentações financeiras no órgão na ordem de R$145,4 milhões.
"Não pode o Poder Judiciário do nosso Estado, e todos os seus magistrados, permanecerem sob a suspeita levantada pelo COAF (Conselho de Controle das Atividades Financeiras). Desta forma, para que a dignidade da agistratura baiana seja mantida, impõe-se que se dê conhecimento ao público o(s) nome(s) do(s) beneficiado(s) com aquele valor, sejam magistrados ou servidores, e a razão dos valores que lhe(s) fora(m) atribuído(s)", pontua o Presidente no referido documento.
Ao final, Saul Quadros destaca que o Poder Judiciário "precisa ser preservado e, muitas vezes, 'cortar na própria carne', para que sua dignidade não seja maculada por uns poucos que não são dignos da toga".
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal uma relação de movimentações financeiras atípicas de mais de R$ 850 milhões de reais, entre 2000 e 2010 feitas por tribunais estaduais. As operações atípicas concentram-se nos Tribunais de Justiça da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.