O Governo do Estado, em união com instituições da sociedade civil que ajudam pessoas a superar os problemas com drogas, realizou nessa segunda-feira (19) o II Fórum de Comunidades Terapêuticas e Centros de Reabilitação em Álcool e outras Drogas. A iniciativa da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) tem como objetivo conhecer as formas de atuação, ouvir as dificuldades e os dilemas enfrentados pelas instituições e, principalmente, esclarecer sobre os mecanismos legais para financiamento público de ajuda às comunidades.

Durante o evento, o secretário Almiro Sena, da SJCDH, ressaltou que "a ideia do encontro é ouvir as demandas apresentadas pelas comunidades terapêuticas". Sena explicou que serão extraídas considerações importantes do Fórum para fundamentar o Plano sobe Álcool e Drogas, que contempla em um dos seus eixos, o financiamento de projetos de comunidades terapêuticas. O plano será lançado no mês de janeiro pelo governador Jaques Wagner.

Já a superintendente de Prevenção e Acolhimento aos Usuários de Drogas e Apoio Familiar – Suprad, Denise Tourinho, destacou que o evento "é uma decisão de governo. Estamos decididos a encarar com muita seriedade essa problemática". Segundo Denise, "estamos iniciando uma parceria formal, que deverá ampliar e qualificar a relação entre sociedade civil e Governo". Tourinho destaca que a iniciativa faz parte do programa Pacto Pela Vida.

Para Samuel Salgado, sub-secretário da SJCDH, "o momento é oportuno para conhecer o trabalho desenvolvido pelas entidades da sociedade civil"; lembrou ainda que haverá, no início do ano, uma chamada pública para selecionar projetos das instituições que atuam com a prevenção e enfrentamento ao uso de drogas.

Diretora de Gestão do Cuidado da Secretária da Saúde, Débora do Carmo chamou a atenção para a necessidade de que as comunidades terapêuticas se integrem a uma rede de atenção, junto com centros religiosos e as demais instituições de enfrentamento ao uso de drogas.

Representando a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), a Superintendente da Assistência Social, Ângela Gonçalves ressaltou que "esse momento é um marco, uma construção importante na qual teremos que reorientar os serviços".

Para Joalbo Brandão, representante da Associação Batista de Educação e Pesquisa (Abepes) "esse é o pontapé inicial para que a Sociedade e Poder Público mapeiem a situação do uso de drogas no Estado e procurem, juntos, as soluções"