Segundo Antônio Faustino, o contrato era voltado à prestação de assessoria de comunicação e teve estipulado o valor de R$ 32.292,00 para uma prestação de serviços de 1º de fevereiro a 31 de dezembro de 2005. Posteriormente, com o mesmo objetivo, a Prefeitura celebrou mais dois contratos com a Metta, no valor de R$ 39.800,00 cada um, dessa vez precedido de certame licitatório, mas convidando as mesmas empresas, sem alternância ou acréscimo de número de convidados, impedindo a administração municipal de obter uma proposta que fosse mais vantajosa. O que o promotor de Justiça observa é que o valor da segunda contratação foi maior do que o da primeira, mas o tempo da prestação de serviço era menor, o que beneficiava a empresa contratada.
Sustentou ainda Antônio Faustino que, ao invés de utilizar os serviços da empresa para fins somente de publicidade institucional, o denunciado os desvirtuou, passando a utilizá-los também em benefício dele. Isso pode ser comprovado nos encartes confeccionados com o título "Amargosa da Gente", sendo veiculados o nome e fotografia dele, associados sempre a um evento, obra ou programa de governo, e nem os prédios públicos e serviços afetos à administração foram poupados da propaganda em benefício próprio.
Também ontem no Tribunal de Justiça, aconteceu o interrogatório do prefeito José Rubens Santana Arruda, do município de Tucano, situado a 256km de Salvador. Tendo por relator o desembargador Abelardo Virgínio, participou do interrogatório o promotor de Justiça José Jorge Meireles, vez que a promotora Adélia Bonelli, autora da ação contra o prefeito encontra-se em gozo de férias. José Rubens é acusado de manter o matadouro público do município funcionando em condições inadequadas oferecendo riscos à população. Os promotores de Justiça Antônio Faustino (coordenador) e José Jorge atuam no Núcleo de Investigação de Crimes Atribuídos a Prefeitos (CAP) do MP.