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O procurador de Justiça Adalberto Dórea foi reeleito e, no mesmo ato, reconduzido ao cargo de ouvidor do Ministério Público do Estado da Bahia durante sessão do Colégio de Procuradores de Justiça realizada na tarde desta segunda-feira, dia 29, na sede do MP. Candidato único, Dórea assume pela terceira vez consecutiva o cargo (ele respondeu interinamente pela Ouvidoria em 2008 e, no mesmo ano, foi eleito ouvidor), que será exercido por ele no biênio 2010-2012.
Afirmando que as ouvidorias públicas têm um significado enorme para a vida do cidadão, "porquanto lhe assegura o direito do exercício da democracia no seu esplendor maior", o procurador de Justiça prestou contas das atividades desempenhadas durante a sua gestão à frente da Ouvidoria do MP, informando que, até o último relatório trimestral, de outubro deste ano, foram registradas 2.402 manifestações, "número, sem dúvida, de inconteste expressividade" e que, segundo ele, tende cada vez mais a aumentar.
A internet, explicou Adalberto Dórea, continua sendo a forma que o cidadão mais utiliza para

se comunicar com a Ouvidoria do Ministério Público, representando 67,48% das manifestações dos últimos três meses. Diante disso, ressaltou ele, inovações precisam ser implementadas para melhor atender ao interesse público e dar nova roupagem ao órgão, modernizando-o e adaptando-o à realidade. Além disso, ele classificou como imperiosa a necessidade da reforma da lei que criou a Ouvidoria, de modo que sejam estabelecidos critérios satisfatórios para a substituição do ouvidor, e terminou seu discurso agradecendo aos membros do Colégio de Procuradores pela "renovação da confiança", e aos servidores da Ouvidoria do MP, pela competência e zelo do dever.

Atento às palavras do ouvidor reempossado, o procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva externou profundo agradecimento ao procurador de Justiça Adalberto Dórea por sua dedicação à Ouvidoria do MP e pelos resultados profícuos apresentados, e assumiu o compromisso de buscar assegurar a estrutura necessária para que o órgão possa cumprir sua tarefa. Ressaltou ainda o chefe do MP que, desde o surgimento da função, batizada inicialmente como ombudsman, nos países do hemisfério norte, sempre existiu "a evidência de que a ouvidoria opera no sentido de interface com a sociedade". "Portanto, uma Instituição de fato tão atenta ao interesse público e à coletividade, não pode negligenciar esse papel", frisou Wellington César. Também em saudação, a procuradora de Justiça Cleonice Lima agradeceu a Adalberto Dórea pelo seu trabalho primoroso e por sua "vontade de servir", uma vez que o cargo de ouvidor não representa qualquer ganho pecuniário para o seu ocupante. "O Ministério Público sente-se honrado e agradecido por Vossa Excelência sacrificar a sua vida pessoal para disponibilizar seu tempo, vontade e dedicação ao cargo de ouvidor da Instituição, sem dispor de qualquer gratificação que venha ser incorporada ao seu patrimônio", finalizou a procuradora, desejando sucesso ao procurador.