Para a administradora Rafaela Santos, que compareceu ao TRT mesmo sabendo da greve, o movimento dos servidores não pode atrapalhar o andamento das audiências. "Estou há 2 meses aguardando por essa audiência e estou na esperança de que ela seja realizada mesmo com a greve. Não podemos ser prejudicados", afirma.
Já Reginéia Souza, de 28 anos, teve sua audiência trabalhista desmarcada no TRT por causa da falta dos servidores. "Tinha uma audiência hoje para resolver minha recisão de contrato com a empresa onde trabalhava e quando cheguei aqui soube que foi cancelada. Fui pega de surpresa", reclama.
Porém, de acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (Sindjufe-BA), Rogério Fagundes, a ordem do movimento é para que os servidores não participem de audiências. "Nossa regra é não participar da realização de nenhuma audiência, porém, caso os juizes decidam pela realização das mesmas, poderão ser feitas sem nossa presença", destaca.
A categoria reivindica a aprovação do Plano de Cargos e Salários (PCS) e a reprovação do PL 549/09, que congela gastos e investimentos no setor público por dez anos, sem investir em Saúde, Educação, Justiça e sem a realização de concursos públicos. Na próxima sexta-feira, 19, os servidores voltam a se reunir em assembleia a partir das 13h, na sede da Justiça Federal, em Sussuarana, para discutir novos rumos e atividades para o movimento.