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JUIZA BAIANA LUISLINDA VALOIS É ACLAMADA COM PRÊMIO CLÁUDIA 2010

VIDE
| 09/11/2010 às 13:24
A juiza Luislinda Valois dedicou o prêmio a todas as mulheres do Brasil
Foto: DIV

Luislinda Valois, mais uma vez, certificou-se que todos os seus esforços não foram em vão. Na última sexta-feira (05) a primeira juíza negra do Brasil recebeu o prêmio Cláudia 2010, maior premiação feminina da América Latina. A Sala São Paulo foi palco para a emocionante festa que aconteceu na capital paulista e reuniu atrações muito especiais.


Emocionada, Valois reconheceu a importância do prêmio e o dedicou a todas as mulheres latino-americanas. "Quanta emoção! Estou felicíssima, por isso gostaria de dividir essa vitória com todas as mulheres do Brasil e da América Latina", festejou a juíza que retornou ontem (08) à Salvador quando foi recepcionada de forma bem calorosa. "A festa foi de uma grandiosidade inigualável. Esse prêmio traz consigo a responsabilidade de representar as nossas mulheres, este é o motivo que me faz extremamente feliz", afirmou.  


Candidata na categoria Políticas Públicas, Valois concorreu com dois fortes nomes; Terezinha Rêgo, aclamada em São Luís por ser a maior pesquisadora e conhecedora das plantas medicinais do Maranhão e Izabel Maior, cadeirante desde um acidente que causou uma lesão em sua medula. Ela tornando-se uma das principais ativistas pelos direitos das pessoas com deficiência no Brasil e no exterior.


Vencedora da categoria a qual concorria, Luislinda Valois ultrapassou as barreiras do preconceito para se tornar a primeira juíza negra no Brasil. Ela conquistou destaque no cenário baiano e nacional por ser a primeira profissional da área a proferir uma sentença contra o racismo no Brasil, implantou ainda dezenas de Juizados Especiais em municípios da Bahia, e foi a responsável pela instalação da Justiça Itinerante.


Durante a premiação, a magistrada fez questão de entregar aos representantes da Revista Cláudia e aos representantes da Natura Cosméticos, exemplares do Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador. Documento este resultado de uma parceria entre o Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao), Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Fundação Palmares e Prefeitura Municipal de Salvador.