A operadora de telefonia celular OI se comprometeu em apresentar em 45 dias, ao Procon-Ba, órgão da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, e ao Ministério Público, um plano geral para solucionar os problemas dos consumidores atendidos pela empresa. A decisão foi tomada após o Procon-Ba apresentar indicadores internos que comprovam descumprimento de quase 70% dos acordos firmados com a operadora nos atendimentos preliminares. Este tipo de atendimento é uma tentativa de resolver o problema do consumidor no ato da queixa, a partir de contato com o fornecedor, e quando isso é feito evita que o mesmo seja incluído no Cadastro de Reclamações Fundamentadas.
Só em 2009, a operadora foi responsável por um quarto dos atendimentos prestados pelo Procon-Ba. Foram 10.193 atendimentos sobre o serviço móvel e 213 sobre o fixo. Em 2010, o número passou a 3.288 e 256 respectivamente somente no início do ano. O elevado número de queixas e o descumprimento dos acordos não é uma realidade só da Bahia. Por isso, Procons de 20 estados e municípios resolveram suspender o atendimento preliminar da OI.
É bom deixar claro que a suspensão do atendimento preliminar não implica na suspensão do atendimento aos consumidores. Todas as queixas decorrentes de problemas dos serviços prestados pela empresa vão continuar sendo atendidos pelos Procons. A diferença é que agora estão sendo abertos processos administrativos, que após julgados e esgotados os recursos, podem resultar em multas de 200 a 3 milhões de Unidade de Referência Fiscal (UFIR), que em reais corresponde respectivamente a R$ 212,82 e R$ 3.192.300.
Além de não gerar processos administrativos nos atendimentos preliminares, os problemas acabavam também não sendo contabilizadas no Cadastro de Reclamações Fundamentadas - lista divulgada anualmente que contém os nomes dos fornecedores mais reclamados.