ATENDIMENTO
Durante audiência, promovida por iniciativa de Andréa Scaff, que é titular da 4ª Promotoria de Justiça de Jacobina, o representante das comunidades, Almaks Silva, apresentou propostas no sentido de que os moradores do entorno da mina tenham atendimento médico e dentário gratuito; reforço escolar e merenda para os alunos; estabelecimento de uma cota de 5% no quadro de funcionários e trabalhadores terceirizados da empresa mineradora; e que seja assumida a responsabilidade do pagamento junto à Embasa de 80% do valor das contas de consumo de água, no limite de 30 metros cúbicos.
Almaks Silva destacou, na oportunidade, que o ar, a água e o solo são extremamente afetados pelo trabalho de extração do mineral, chamando atenção para o ponto crítico ligado ao cianeto, substância química que é rejeitada na extração do ouro e despejada pela empresa de mineração nos córregos da região, trazendo como consequências à saúde da população doenças como silicose, diarreia, além de infecções respiratórias.
A representante do Ministério Público lembrou, na oportunidade, que a atividade mineradora é desenvolvida há mais de 20 anos em Jacobina, sendo que nos últimos quatro anos está a cargo da empresa canadense Yamana Gold, "sem nenhuma compensação pelos danos causados ao meio ambiente e aos moradores residentes no entorno da mina", sugerindo que "a melhor saída é a solução do conflito via acordo".
Participaram da reunião o presidente da Câmara de Vereadores, Gildo Mota de Gongaza; o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Gleriston Gonzaga de Macedo; os gerentes da Unidade Regional da Embasa-Senhor do Bonfim e da Embasa-Jacobina, respectivamente, Arnon Fernandes Júnior e Augusto Cezar de Oliveira; o gerente da SSMAC - Jacobina Mineração e Comércio, Luiz Lourenço Fregadolli; e o presidente da Acija, Roberto Jacobina Vieira.