Mulheres que têm força e graça, que misturam a dor e a alegria e que merecem viver e amar como outra qualquer do planeta. As Marias, Anas, Márcias, Cíntias, Milenas, Cristianes, Adrianas, Paulas, Lucianas e outras tantas mulheres do Ministério Público baiano, tão semelhantes à 'Maria, Maria' descrita na música de Milton Nascimento, e ao mesmo tempo tão singulares, foram prestigiadas na manhã desta segunda-feira, dia 8 de março, 'Dia Internacional da Mulher'.
O evento, organizado pelo Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem), aconteceu no Espaço Cidadania da sede do MP, com a participação de cerca de cem mulheres, dentre procuradoras e promotoras de Justiça, servidoras, estagiárias e trabalhadoras terceirizadas da Instituição.
O tom feminino do encontro, que teve como representante do sexo masculino o procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto, começou com as vozes do 'Coral MP em Canto', que cantou as músicas 'Maria, Maria' e 'Madalena', nomes representativos de duas mulheres, a mãe e a discípula de Jesus, que tiveram seus nomes registrados na história apesar de terem vivido em uma época em que as mulheres não tinham o mesmo valor social que os homens. Valor igualitário, inclusive, que até hoje é buscado pelas mulheres do terceiro milênio e que o Ministério Público buscará promover com o 'Programa de Pró-Equidade de Gênero'. Criado por iniciativa do Governo Federal, o programa está sendo implantado na Instituição com o objetivo de promover a igualdade de direitos entre mulheres e homens. O MP conta atualmente com 58% de mulheres em sua força de trabalho.
Segundo Márcia Teixeiraapesar do Ministério Público contar com 400 anos de história, a figura da mulher na Instituição é muito recente, surge em 1933, ano em que uma mulher ocupa, pela primeira vez, o cargo de promotora de Justiça. E para conhecer de perto essas mulheres que hoje são maioria na Instituição, um Comitê Gestor do Programa Pró-Equidade foi criado este ano e deverá compilar informações do perfil de membros e servidores do MP baiano para subsidiar intervenções no âmbito da equidade de gênero e raça.
"A maioria dos nossos cargos de direção estão ocupados por mulheres, o que prova a competência, equilíbrio, sensatez e dedicação delas", ressaltou o chefe do Ministério Público, Lidivaldo Britto, que parabenizou todas as mulheres da Instituição e agradeceu à promotora de Justiça Márcia Teixeira pelo trabalho desenvolvido para a defesa dos direitos das mulheres. Na oportunidade, a coordenadora do Gedem apresentou as peças publicitárias da 'Campanha de Enfrentamento à Violência Doméstica', lançada no ano passado, que foi mais uma das ações em defesa da mulher e de divulgação da Lei Maria da Penha que credenciaram a Instituição para a disputa do 'Prêmio Boas Práticas', da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República. Ela finalizou com a palestra 'Os Princípios Masculino e Feminino - Casamento e Paixão', seguida de um sorteio de prêmios para as servidoras. O evento contou, ainda, com a participação da procuradora-geral de Justiça Adjunta, Eny Magalhães; da promotora de Justiça Sara Gama, que atua na Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e da superintendente de Gestão Administrativa, Maria Lúcia Dultra Cintra.