O Nudephac, informou Lidivaldo Britto, funcionará em imóvel cedido pelo Ipac, "que não envidou esforços para que o MP pudesse se instalar no Centro Histórico".
Segundo ele, o Ministério Público sempre participou ativamente da defesa do patrimônio histórico de Salvador. Em 2002, lembrou o PGJ, a Promotoria de Combate ao Racismo instaurou procedimento para impedir a retirada de mais de 100 famílias do Pelourinho, que seriam afastadas das suas casas em razão do projeto de reforma do Centro Histórico.
O MP, destacou ele, defendeu a tese de que aquela comunidade também integrava o patrimônio cultural imaterial do Centro Histórico, que não se compunha apenas dos imóveis, e propôs ao Governo do Estado a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta que permitiu a presença dos moradores no local após a conclusão da reforma. De acordo com Lidivaldo, o caso foi considerado emblemático pelo Ministério Público democrático que, em 2008, o destacou em publicação que apresentava os 20 casos mais emblemáticos do país.
Para o coordenador do Nudephac, promotor de Justiça Marcelo Guedes, "o desafio do novo núcleo é grande, pois a defesa do patrimônio cultural se faz urgente e é algo complexo". Mas a atuação estratégica, fortalecida com parcerias, disse ele, certamente facilitará os trabalhos. Foi, inclusive, devido a essa concepção que o Nudephac trouxe para participar da mesa-redonda, que terá como debatedora a promotora de Justiça de Canavieiras Ana Valéria Salvador, as instituições parceiras.
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