Um ano de vigência
Com teor publicado na edição do último dia 7 do Diário Oficial da União, o convênio tem vigência de um ano (até 31 de dezembro próximo), tempo em que serão realizadas ações educativas, preventivas e punitivas em prol da busca pelo meio ambiente ecologicamente equilibrado e constitucionalmente garantido, informou Luciana Khoury. Entre as metas a serem desenvolvidas estão a estruturação de um banco de dados reunindo informações colhidas por todos os órgãos parceiros nos 115 municípios baianos banhados pela bacia; aquisição de equipamentos estratégicos para a profissionalização do trabalho; realização de três operações de FPI para monitoramento de áreas já visitadas, constando das etapas de reuniões preparatórias de planejamento, atividades de campo, audiência pública com apresentação dos resultados e adoção de medidas administrativas por cada órgão parceiro e encaminhamentos pelo Ministério Público baseados nos relatórios de fiscalização para responsabilização civil e criminal. Estão também previstas a produção de folders, banners, cartazes e faixas, além de spots de rádio, para divulgação do trabalho; elaboração de pareceres técnicos acerca dos danos e conflitos detectados nas três FPIs, avaliação do passivo ambiental e indicação para reparação ou compensação dos danos socioambientais; e a publicação de um livro contendo um diagnóstico da situação da bacia na Bahia.
A promotora de Justiça lembrou que as 20 etapas de FPIs promovidas de 2002 a 2009 confirmaram a degradação ambiental que o Rio São Francisco e seus afluentes vêm sofrendo de forma continuada pelas mais diversas causas, tais como desmatamento, utilização indiscriminada de agrotóxicos, ocupação de áreas de preservação permanente e de reserva legal, derramamento de efluentes líquidos e sólidos, utilização intensiva da água, entre outros.
O atual cenário exige a continuidade do Programa de Fiscalização, através da participação do Ministério do Meio Ambiente, "pois a cada dano ambiental que é reparado e a cada novo dano que é evitado está-se somando para um efetivo programa de revitalização do Velho Chico", frisou Luciana Khoury.
Integram também o programa os institutos do Meio Ambiente (IMA) e Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Superintentência de Biodiversidade, Florestas e Unidades de Conservação (SFC), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Divisão de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Grupamento Aéreo (Graer), companhias de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), de Ações Especiais do Semi-Árido (Caesa) e de Ações Independentes do Cerrado (Ciac).