Veja as propostas de Dinailton
Dinailton Oliveira é candidato a presidência da OAB/BA com eleição dia 25
Foto: Oimenta na Muqueca
Reestruturar a Ordem dos Advogados da Bahia, combater a violência, valorizar a cidadania e reformular o sistema do exame da OAB. Essas são algumas das propostas que o advogado Dinailton Oliveira, que concorre ao cargo de presidente da instituição, pela chapa "OAB de Verdade 55", pontua na reta final de sua campanha. As eleições ocorrem na próxima quarta-feira, dia 25, das 8h às 18h, no Centro de Convenções da Bahia.
Em todo o Estado, 13 mil advogados devem definir o nome de quem irá comandar a OAB. Além das propostas, o candidato critica a atual gestão, que de acordo com ele, é omissa em relação à violência e que é preciso mudar esse sistema onde o pobre "mofa" nas cadeias públicas. "É preciso que nós, advogados, promovamos a integração da sociedade. Temos que enfrentar a violência de frente com inclusão social, e não como está sendo feito nessa gestão, onde os mais pobres sofrem mais", disse Dinailton.
O advogado Dinailton disse que essa eleição é essencial para a categoria e para a sociedade, e que a OAB tem um papel de suma importância na transformação do poder. "A situação está complicada e não podemos aceitar esse sistema aristocrático, de poder centralizado. É preciso uma gestão independente e democrática, engajada nos interesses da comunidade. É necessário combater a corrupção, que é um terreno fértil", disse.
DEFESA DOS DIREITOS
DOS AFRODESCENDENTES
Dinailton, que já ocupou o cargo de presidente da OAB entre 2004 e 2006, disse que na sua gestão, aproximadamente 300 advogados foram suspensos e que a Ordem era atuante, não só na defesa das suas prerrogativas, mas também na defesa do exercício da cidadania. "Na minha gestão nós promovemos várias ações e, inclusive, fomos a primeira seccional a criar uma comissão de defesa dos direitos dos afrodescendentes, que agora o Conselho Federal da OAB também implantou. Nosso foco é combater a violência, servir à comunidade, combater a corrupção, agir com ética, e se preciso for, para manter a ordem, "cortar na própria carne", enfatizou o candidato.
Uma das prioridades da OAB de Verdade é proporcionar o aumento no número de advogados no estado, que hoje conta com apenas 32 mil, mas com uma melhor fiscalização dos cursos de Direito e uma revisão no processo de ingresso na OAB. "A educação não pode ficar refém do sistema econômico, um exemplo dessa relação, são os cursos para os exames da OAB, isso é um absurdo", garantem os componentes da chapa.
O Exame de Ordem tem como finalidade avaliar se o advogado está apto para resolver os conflitos, sem colocar em risco a liberdade, a vida e nem o patrimônio da pessoa. Hoje, as provas são projetadas como concursos, com questionamentos que não refletem a realidade. O exame tem que ser prático", ressaltam.
É preciso combater as distorções identificadas no exercício da profissão, como a ação dos chamados "mega-escritórios", onde o advogado é funcionário de um advogado e esse procedimento cria distorções éticas no exercício da profissão. "Os "empresários" advogados montam grandes escritórios de advocacia, contratam recém-formados e exploram a mão-de-obra. O advogado perde a sua liberdade, o seu senso ético e pode acarretar prejuízos para a sociedade.
A OAB deve agir em prol da sociedade nas situações em que, por questões burocráticas ou administrativas, o cidadão não pode ou não consegue agir por si. Queremos qualidade", salientaram os advogados.