As ações previstas para serem desenvolvidas pelos órgãos representados na reunião, realizada na sede do MP, deverão beneficiar jovens que residem em bairros periféricos de Salvador e nos municípios do interior do estado. Muitos deles, assinalou Lidivaldo Britto, abandonaram as escolas e não conseguem a inserção no mercado de trabalho porque lhes falta a qualificação profissional.
Por isso, acabam se tornando alvo fácil para o tráfico de drogas e o crime organizado. O PGJ acredita que é necessário haver uma cooperação técnica para que se viabilize, com mais eficiência, informação aos jovens moradores de bairros periféricos acerca de programas e políticas públicas desenvolvidas pelo Governo do Estado através da Setre, pois, para ele, a população que vive nos bairros periféricos desconhece os programas que podem efetivamente ajudá-la.
Segundo o secretário do Trabalho, existem na Bahia cerca de 200 mil jovens que não estudam nem trabalham, mas a Setre, imbuída no propósito de intermediar a inserção no mercado de trabalho, está à disposição para conjugar esforços e diminuir esse quantitativo. Atualmente, informou a superintendente Maria Thereza, a Setre desenvolve programas de qualificação e capacitação profissional, como o "Juventude Cidadã" e o "Projeto Trilha", e já está articulando o "Projovem Trabalhador", que será implantado em janeiro de 2010.
A disposição da Secretaria, destacou a promotora de Justiça Márcia Virgens, anima o MP, que não tem a pretensão de substituir o Estado na formulação de políticas públicas, apenas busca garantir a efetividade dos direitos sociais, como educação de qualidade e o direito ao emprego e à formação profissional para a juventude.
Também disposto a conjugar esforços para promover a inclusão social de jovens em situação de vulnerabilidade social, o vice-presidente da Federação das Indústrias lembrou que o Sistema Fieb e o Sesi capacitam jovens por meio de cursos profissionalizantes, podendo ser bons parceiros. O major PM Teixeira, por sua vez, informou que o Batalhão de Polícia Rodoviária desenvolve um exitoso projeto que atende crianças e jovens de zero a 17 anos incompletos, o "Projeto Patrulhando a Cidadania", que promove o resgate da cidadania de meninos e meninas que se encontram em situação de risco social.