O motivo: "Baiano" estava no dia 30 de junho, junto com José Hugo, o homem que matou o irmão do ex-parlamentar, o sub-tenente da PM Itamar Pascoal, num posto da cidade, quando os dois se envolveram em uma discussão.
O juiz Leandro Leri Gross justificou a decisão pela "insensbilidade do acusado". Por esta razão, aplicou a pena de 15 anos com mais três como agravante pelo histórico do réu - motivo torpe e uso de crueldade sem dar chance de defesa à vítima. O advogado Sanderson Moura, que defendeu o ex-deputado, afirma que vai recorrer da decisão.
Os demais réus, Adão Libório de Albuquerque (primo de Hildebrando e fiscal da prefeitura de Rio Branco) e o sargento da PM Alex Fernandes Barros, foram absolvidos. Libório já está em liberdade, enquanto Barros permanece preso porque responde a outros processos.
Pedro Paschoal Bandeira, irmão de Hildebrando, será julgado duas vezes na próxima semana: também pela morte do mecânico Agilson Firmino e, em outro pela morte do filho dele, Wilder de Oliveira em setembro de 1996. Ele não participou deste julgamento por estar internado motivos de saúde, segundo atestado médico.
"Dono do Acre"
Hildebrando perdeu o mandato em setembro de 1999, após a CPI do Narcotráfico apontar ligações entre o então parlamentar e os grupos de extermínio na região. Ele está preso desde 1999 na Penitenciária Estadual de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco.
O ex-deputado é acusado de comandar o grupo que agiu no Acre entre 1995 e 1999, além de participar de crimes de tráfico de drogas, roubos de cargas e corrupção eleitoral. "Na época, Hildebrando mandava e desmandava no Acre", afirma o promotor Sammy Barbosa, coordenador do