Direito

EMPRESÁRIO DO SEXO EM JUAZEIRO FOJE DA POLÍCIA APÓS MANDATO DE PRISÃO

vide
| 14/08/2009 às 18:06

Denunciado pelo Ministério Público estadual por manter casa de prostituição e participar diretamente dos lucros obtidos com a atividade sexual desenvolvida por mulheres que viviam em condições "análogas à de escravo", no município de Juazeiro (localizado a 500 km de Salvador), o empresário João Batista de Freitas, proprietário de uma das maiores casas de prostituição do Nordeste, encontra-se foragido.
 
Ele fugiu na quinta-feira, dia 6, quando policiais civis buscavam dar cumprimento ao mandato de prisão preventiva decretado contra ele, que é acusado de manter um estabelecimento comercial conhecido como "Chalako Night Club", onde, segundo o promotor de Justiça Rildo Mendes de Carvalho, eram promovidos shows de streap tease com profissionais do sexo utilizadas para atrair clientela masculina para o exercício da prostituição.

De acordo com o promotor de Justiça, 47 mulheres estavam trabalhando na boate, sendo que algumas delas residiam nos quartos existentes no próprio estabelecimento, que também os utilizava para a realização de programas.

ESCRAVAS
 
As mulheres contratadas pelo empresário, explica Rildo Mendes, eram reduzidas à condição de escravas, visto que ficavam proibidas de sair do estabelecimento sem o consentimento de João Batista, eram vigiadas pelos seguranças da casa e tinham que trabalhar das 21h até o fechamento da boate. Além disso, elas eram impedidas de deixar o estabelecimento sem que tivessem quitado as dívidas contraídas na loja de artigos femininos, mantida para consumo exclusivo delas, que compravam à prazo e, assim, estavam sempre em débito com o empresário.

Na denúncia, o promotor relata que João Batista divulgava o serviço das profissionais do sexo por meio de outdoors e internet. Isso, informou Mendes, para atrair a clientela masculina e aliciar mulheres de diversos estados.
 
O representante do MP, lembra que, teve acesso a documentos que comprovam gastos do empresário com a elaboração e fixação dos outdoors, com diárias pagas pela hospedagem das profissionais em hotéis da cidade, passagens áreas oferecidas às mulheres que viessem se prostituir na "Chalako Night Club", entre outros. Segundo ele, as mulheres contratadas para realizar programas confirmavam que desenvolviam tal atividade com os clientes da boate, tendo que pagar R$ 50 ao empresário para utilizar um dos quartos da casa e R$ 70 se prestasse o serviço fora do estabelecimento.