Representantes do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Sindhosba) se reunirão nessa terça-feira, 7 de julho, às 16h, na sede da instituição, no Caminho das Árvores, para a realização da Assembleia Geral Extraordinária.
Na ocasião, eles vão avaliar e decidir as propostas sugeridas pelo Comitê de Negociação das Convenções Coletivas pertinentes ao pagamento de horas extras dos profissionais de saúde, aviso prévio, férias, 13º salário, entre outros, em especial o reajuste salarial normativo.
De acordo com Jorge Freitas, consultor jurídico do Sindhosba, em abril deste ano, houve a negociação de um reajuste salarial coletivo dos profissionais de saúde em torno de 50% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas a proposta não foi aceita.
"Como não avançávamos nas negociações, a Assembleia do Sindhosba decidiu propor um reajuste contemplando a integralidade do INPC de maio de 2008 a abril de 2009 (5,83%), o que também não foi aceito", afirma Freitas. O Sindhosba negocia convenções coletivas com as seguintes categorias: Sindisaúde, Sindicato dos Enfermeiros, Sindicato dos Médicos, Sindicato dos Farmacêuticos, Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais e Sindimagem.
Como contraproposta ao Comitê de Negociação, o Sindisaúde (representante dos auxiliares de enfermagem, auxiliares de nutrição e higienização, porteiros, recepcionistas, faturistas, auxiliares administrativos e outros) apresentou os seguintes percentuais para reajuste salarial: 9% sobre o piso salarial, hoje R$ 490,00, e 7% para os demais empregados que ganham acima do piso.
Entretanto, o consultor jurídico alerta: "Se aceita, essa contraproposta ocasionará sério impacto na estrutura de custos das empresas, tendo em vista que a folha de pagamento representa importante item da composição de custos de qualquer empreendimento empresarial e na área de saúde não é diferente", afirma Freitas. Para o presidente do Sindhosba, Dr. Raimundo Correia, a principal missão da assembleia é buscar o equilíbrio com os sindicatos. "Tendo em vista que a atividade hospitalar é considerada como essencial, deveremos evitar a todo custo uma eventual paralisação dos serviços", finaliza.