Mensagem:

Senhor Redator, Não sou um homem chegado a receber ou fazer muitos elogios. Fico encabulado, consigo enxergar a ironia, ou até mesmo a hipocrisia das pessoas, nas entrelinhas, por isso procuro ser econômico no trato deste assunto, aliás porque acho que se pretendemos fazer alguma coisa devemos fazer o “bem feito pelo bem feito”, sem que isso necessite de apupos ou manifestações desta ordem.

Contudo não poderia, ainda que a título de incentivo (quem sou eu para isso?), deixar de cumprimentá-lo pelo seu webjornal. De fato, o formato do BAHIA JÁ não permite que o classifiquemos como um simples "blog" de jornalista, mas sim como um verdadeiro jornal eletrônico, moderno, seletivo e organizado por seções, com matérias atualizadas, selecionadas e de fácil consulta, enfim um formato prático e funcional, que o coloca em pé de igualdade com a homepage de grandes veículos de informação.
 
Caro redator, confesso que acessar o BAHIA JÁ se tornou um vício constante e recorrente a cada vez que tenho acesso a internet, a ponto de fazer com que eu, um contumaz devorador de jornais impressos, passe dias sem abrir a minha querida A Folha. Sei de sua campanha pelas alterações na regulamentação da profissão de jornalista, admito que não tenha sido apropriada, denotando a falta de segurança jurídica em um regime que altera as regras do jogo ao sabor das ondas da política, contudo consigo ver um pouco de razão na justificativa do ministro Gilmar, pois realmente o Jornalismo é mais do que um simples escolha de profissão, e sim uma arte que se abraça, tal como a literatura, a poesia, a música, a pintura e tantas outras, as quais também não são exigidas formação acadêmica para o exercício, ainda que as escolas de artes ajudem ao aprimoramento do natural talento.
 
Penso que assim é o Jornalismo e é desta forma que enxergo o Bahia Já, uma obra gigantesca, com tantos colaboradores e inovações que se destaca naturalmente no universo da mesmice.

Os suplementos culturais com a "Lenda do Caramuru, o Deus do Trovão da Bahia", do querido jornalista e escritor Tasso Franco e "Um Taxi para Albany" do talentoso Marco Gavazza (minha nova mania), são iniciativas de engenhosa criatividade e uma generosidade própria dos artistas, onde o narcisismo e o desejo de mostrar sua obra se torna necessidade.

A política é um capítulo à parte na história do Bahia Já, que hoje tem o seu próprio espaço junto à comunidade baiana, firmado por críticas honestas, bastante especo para o contraditório e a sempre profícua missão de manter seus leitores atualizados de tudo que está acontecendo nos bastidores e no palco principal do poder.

A cobertura dedicada à sucessão na Mesa Diretora da Câmara Municipal, o caso do Trem da Alegria na Secretaria da Fazenda, a denúncia de corrupção no alto comando da Polícia Militar foram fatos onde o Bahia Já se superou e agora a sucessão estadual, onde a disputa entre Wagner, Geddel e Paulo Souto promete esquentar, renovam e destacam este veículo no cenário jornalístico.
 
Por essas e tantas outras é que não poderia deixar de cumprimentá-los pela excelente e exclusiva cobertura junina, ao tempo em que gostaria de agradecer-lhe pelo maravilhoso material de leitura que nos oferta. Por fim, como tudo merece críticas sinto falta de uma coluna automobilística e de música, as quais, espero que façam parte de um projeto para um futuro breve.

(Maurício José C. Ferreira Diretor de Assuntos Parlamentares do IAF Bahia)