Direito

ZARIF QUER MAIS JUIZES NO TJ PARA RESGATAR CREDIBILIDADE INSTITUIÇÃO

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| 23/10/2008 às 16:48
Juiza substituta Maria Luiza Nogueira Cavalcanti no ato da posse no TJ (Foto/ACS/TJ)
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   A presidenta Sílvia Zarif voltou a falar da necessidade de o Tribunal de Justiça contar com um esforço a mais dos juízes no empenho para a melhoria dos serviços da Justiça e da imagem do Judiciário baiano de modo a resgatar a credibilidade de uma instituição com 400 anos de instalada.


  O pedido da presidente do TJ foi feito há pouco, em seu gabinete, durante a posse da juíza substituta Maria Luíza Nogueira Cavalcanti. A desembargadora informou à juíza que, antes da sua designação para uma comarca do interior, ela participará de treinamento no sistema Saipro e no Projudi, o processo judicial digital.


  A posse da juíza substituta foi assistida por familiares e amigos da magistrada, que se mostrou confiante na futura função. "Desejo-lhe muita sorte, pois você vai enfrentar muito trabalho, começando por uma comarca do interior do Estado, onde tudo é difícil, muito sofrido", recomendou a desembargadora Sílvia Zarif.

MUDE UM
DESTINO

 A desembargadora Sílvia Zarif, disse, hoje pela manhã, no lançamento da segunda etapa da campanha nacional de adoção "Mude um Destino", promovida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), que a Mesa Diretora do TJ tem dado especial atenção à questão, apoiando os programas desenvolvidos pela Comissão Judiciária de Adoção (Ceja-BA), que vem percorrendo as comarcas no interior discutindo e divulgando as formas corretas de juízes e interessados procederem.


 A cerimônia, realizada na Sala do Convívio, no Tribunal de Justiça, começou com a exibição do documentário "Se essa casa fosse minha", contendo relatos sobre casos de adoção, após o que o coordenador da campanha, juiz Francisco de Oliveira Neto, da Vara da Infância e Juventude de Florianópolis (SC), declarou no seu pronunciamento que o País atravessa uma fase importante com a criação do Cadastro Nacional de Adoção, que já conta com cerca de 10 mil pretendentes habilitados e duas mil crianças. "Este número tende a triplicar com a inclusão dos sete Estados que ainda não enviaram os dados", afirmou, acrescentando que o prazo para a remessa das informações termina no dia 7 de novembro.


  Citou como um dos principais problemas e grande obstáculo para maior número de adoções no País as preferências e exigências feitas pelos adotantes. "Infelizmente, as pessoas tendem a buscar crianças brancas, recém-nascidas ou com até dois anos de idade e características físicas semelhantes às delas", afirmou, acrescentando que a grande disponibilidade no País é de crianças afro-descendentes com um pouco mais de idade.


  O presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Ubiratã Pizzani, destacou que este é um momento muito importante da campanha lançada em maio do ano passado e hoje encampada por 22 Estados. Ele lamentou o fato de que no Brasil foram efetivadas em 2008 apenas 70 adoções nacionais e três internacionais.