A novela entre o ex-dirigente do Vitória, Paulo Carneiro, e a nova direção do clube está chegando ao fim. E, com "the-end" favorável ao leão.
O ex-presidente moveu um processo em que alega ter direitos trabalhistas não pagos pelo Vitória na sua rescisão, em 2005. Entretanto, mais uma vez o Tribunal Regional do Trabalho, por 2 votos a 1, deu ganho de causa ao Leão.
Na primeira sentença, em abril deste ano, a juíza Vivianne Tanure já havia se pronunciado contra o reclamante e ainda alegou falsidade documental numa das provas. Carneiro recorreu mesmo assim.
O documento seria a certeira profissional de Paulo Carneiro. A justiça entendeu que a assinatura que registrava o vínculo empregatício não era válida. Um dos desembargadores acabou validando o documento, pois foi assinado por Rinaldo, do departamento pessoal rubro-negro, o mesmo que também registrou o documento profissional do atual presidente, Jorge Sampaio. Por isso, caso a carteira de trabalho de Carneiro não tivesse validade, o de Sampaio também estaria de forma irregular.
SE FEZ JUSTIÇA
Para o atual cartola do Leão, a sentença já era esperada. "Se fez justiça novamente. Já era esperado por nós. É como algumas placas que aparecem nos estádios com os dizeres: ‘eu já sabia'", ironizou Jorge Sampaio. Paulo Carneiro não compareceu na audiência, mas adiantou. "Vou até o fim com meus direitos. Se não conseguir na justiça do trabalho, vou levar para a comum".
O processo tem duas partes. A primeira é a rescisão contratual em 2005, calculados pelos advogados de Carneiro em cerca de R$ 1,5 milhões, baseado no salário mensal de R$ 40.550,00 pagos pelo Vitória S/A, aprovado pelos sócios majoritários, no caso o Exxel Group, além dos votos a favor dos conselheiros do Esporte Clube Vitória.
O segundo processo é de danos morais, calculado em R$ 8,5 milhões. Paulo Carneiro se diz vítima de falsa acusação que ele teria sacado cheques do Vitória na boca do caixa sem dar baixa no clube.