FALTA DE FISCALIZAÇÃO
"Há uma completa falta de fiscalização. O Ministério Público quer que todos cumpram o que está previsto no TAC, pois o problema é de uma região e não de um só município", explicou a titular da 6ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, acrescentando que se nada for feito após a advertência, a Instituição deverá proceder a execução do Termo para a aplicação das multas pelo prazo excedido. Para a audiência, todos os prefeitos dos seis municípios da RMS que assinaram o TAC foram notificados a comparecer, mas apenas as prefeitas de Candeias, Maria Célia Magalhães, e de Dias D'Ávila, Andréia Cajado Sampaio, participaram da reunião. Os demais Municípios enviaram representantes, com exceção da Prefeitura Municipal de Salvador. Segundo ela, apenas os municípios de Lauro de Freitas e Dias D'Ávila cumpriram algumas das cláusulas previstas.
Durante a reunião - que também contou com a participação dos promotores de Lauro de Freitas, Luiz Alberto Figueiredo; de Candeias, Sansulce Filardi; e de Dias D'Ávila, Sivilene Bicalho -, a promotora de Justiça Cristina Graça utilizou estudo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) para alertar que a previsão é que, devido à extração irregular, alguns dos materiais terão vida útil de apenas 15 a 20 anos. Ela lembrou que o cumprimento do TAC visa evitar o esgotamento desses recursos e contribuir para o equilíbrio ecológico, principalmente diante do "boom" imobiliário na região. Dentre as medidas que foram acordadas na audiência, está a remessa de relatórios em que os municípios justifiquem ao MP o porquê do não cumprimento do acordo, que, segundo representantes das prefeituras, foi inviabilizado porque dependia de uma ação conjunta entre os seis municípios. Outra queixa apresentada por eles foi a falta de segurança e de aparato policial para auxiliar na fiscalização do transporte de carga clandestina, que geralmente é feito à noite e por caçambeiros armados.