Vide com informações da ACS do TJ
O juiz Marcos Antônio Santos Bandeira, da Vara da Infância e Juventude de Itabuna, considerou a denúncia feita hoje pela defensora pública Maria Carmen de Albuquerque Novaes uma "leviandade, irresponsável e covarde, cometida por alguém que desconhece o trabalho que a Comarca de Itabuna desenvolve na defesa dos adolescentes e dos direitos humanos".
A defensora disse que quatro adolescentes que vieram de Itabuna para Salvador, com autorização da Vara da Infância e Juventude, foram transportados "de maneira humilhante", amarrados uns aos outros, conforme publicação hoje no Correio on-line, e responsabilizou o juiz. A defensora disse que os quatro vieram no bagageiro de um carro.
Marcos Bandeira refutou as acusações e explicou que a condução dos adolescentes para a capital é feita pela Polícia Civil, não sendo da responsabilidade do Poder Judiciário. Adiantou que, se as condições em que os adolescentes foram conduzidos são mesmo como descritas pela defensora, o caso precisa ser apurado pela Coordenação Regional da Polícia Civil.
COVARDE
O juiz informou que desde ontem (17/9) está em Salvador acompanhando uma filha para uma cirurgia delicada e que tomou conhecimento das denúncias da defensora pública hoje (18/9) à tarde, quando se encontrava em uma clínica médica. "A defensora desconhece nosso trabalho na defesa dos direitos dos adolescentes, por isso considero sua acusação uma leviandade. É irresponsável e é covarde", disse.
Lembrou que, na condição de juiz do Tribunal do Júri em Itabuna, nunca presidiu um julgamento com réu preso ou algemado e que jamais consentiria a condução de adolescentes algemados. "Nosso trabalho é visto como exemplo no respeito aos direitos humanos e na observação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, coisa que a defensora deveria conhecer, antes de fazer uma acusação tão irresponsável, que atinge o Judiciário", concluiu o juiz Marcos Bandeira.