Todos são suspeitos de fraudar licitações e superfaturar obras do governo federal por intermédio da construtora Gautama. A denúncia foi encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça.
Desde maio de 2007, quando foi deflagrada a operação, o Ministério Público Federal trabalhava na denúncia.
Como o
esquema operava
As investigações começaram em novembro de 2006. Segundo a PF, o esquema tinha três etapas: primeiro, garantia o direcionamento de verbas públicas para obras de interesse da quadrilha; segundo, obtinha a vitória das empresas envolvidas nas licitações para executar as obras e, por fim, assegurava a liberação de pagamentos de obras superfaturadas, irregulares ou mesmo inexistentes.
"Recebidos os pagamentos, o grupo se incumbia de distribuir as propinas devidas, nos percentuais previamente ajustados com os servidores públicos e agentes políticos envolvidos", afirma a denúncia do MP.
O grupo era organizado em três níveis. No primeiro, atuavam pessoas diretamente ligadas à construtora Gautama. No segundo, estavam os auxiliares e intermediários, principalmente os responsáveis pelo pagamento das propinas. No último, havia autoridades públicas que tinham a função de remover obstáculos à atuação da organização criminosa.