Em entrevista na Rádio Nova Salvador FM na manhã desta terça-feira, 22, o procurador geral da Justiça, Lidivaldo Brito, disse que está confiante nas declarações do delegado chefe da Polícia, Joselito Bispo, em rever as promoções de policiais civis envolvidos com o crime, objeto de desgaste na imagem do governo do Estado, ainda que alguns casos ainda não tenham sido julgados, definitivamente.

   Sem entrar no mérito da questão, o procurador destacou que, o poder público tem mecanismo para sobrestar promoções dessa natureza. Ou seja, interromper as promoções, evitar que isso aconteça até que os casos em tramitação de julgamento sejam encerrados.

   Brito não fez qualquer crítica direta ao comportamento do comando da SPP, porém, deixou nas entrelinhas que, por se tratar de uma matéria polêmica e que vai de encontro aos anseios da sociedade, a SSP deveria ter sido mais cautelosa.

   AUDIÊNCIAS NO
   BAIRRO DA PAZ

   O procurador geral de Justiça falou sobre o Núcleo de Combate ao Crime Organizado que foi instalado no Ministério Público e situou que os números da violência na Região Metropolitana de Salvador estão assustadores. O procurador adverte que não resolverá o problemas apenas requalificando as policiais, aumentando seus efetivos e outros procedimentos na área específica da segurança ostensiva e investigativa, mas também aplicando políticas públicas para as camadas mais pobres da população e que são as vitimas maiores da violência.

  Brito destacou ainda que a espacialidade do aparelho policial precisa ser revisto uma vez que na Orla Atlântica existem cinco delegacias entre Itapuã e o Rio Vermelho, enquando no Subúrbio Ferroviário, área densamente povoada e extensa existe apenas uma. O procurador anunciou, ainda, que o Ministério Público vai levar as audiências públicas para os bairros, começando no Bairro da Paz (antiga Malvinas), onde residem milhares de pessoas.

  O procurador também defendeu o uso da tecnologia à serviço do aparelho policial e citou a Polícia Civil de SP e o Caso Isabella, onde "a polícia está dando um show de tecnolgia" enquanto na Bahia, em alguns municípios, não têm as mínimas condições técnicas para atuar.

   NÚMEROS

   Neste feriadão de Tiradentes ocorreram 29 homicídios na Região Metropolitana de Salvador.