Teresa e o marido dela reivindicam na Justiça bens como imagens sacras, quadros e obras de arte, deixados pelo ex-presidente do Senado, que morreu em julho do ano passado. A partilha dos bens com a viúva foi decidida pelos herdeiros diretos de ACM - ACM Júnior e os filhos do ex-deputado Luis Eduardo Magalhães: Paula Magalhães, Carolina Magalhães, Luiz Eduardo Magalhães Filho.
"Esses objetos têm valor sentimental e fazem parte da decoração da casa. Não é justo tirar esses objetos de lá", disse o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). A doação, porém, só poderá ser feita após o trâmite do processo de divisão dos bens.
Segundo o senador, a família continua com a intenção de processar Teresa e seu marido por calúnia, infâmia e difamação.
QUINHÃO
ACM Júnior reafirmou que o processo movido por sua irmã e seu cunhado é uma retaliação a mudanças comandadas por ACM Júnior nas empresas da família. "Ninguém quer subtrair nada do que seja do direito da senhora Tereza. Ela vai receber o quinhão a que tem direito. A razão dessa violência foi atingir a família por uma decisão empresarial que tomamos", explicou o senador.
O filho do ex-senador afirma ainda que a intenção de Teresa e Mata Pires é atingir a memória de ACM. "Claro que magoa. Na verdade, a violência do pedido mais a violência da ação da polícia, nos chocou. Ele (Mata Pires) não se conforma com nossas decisões e o objetivo dele é atingir a memória do senador Antonio Carlos e honorabilidade da dona Arlette. Carlos e honorabilidade da dona Arlette. Essa é uma afronta que a família não aceita", acrescentou.
A família também entrou com pedido de suspeição da juíza substituta da 14ª Vara de Família, Fabiana Andréa Pellegrino, casada com o deputado federal Nelson Pellegrino (PT-BA). Foi ela quem concedeu a liminar, pedida por Teresa e César Mata Pires, para que os oficiais de Justiça fizessem o arrolamento de bens no apartamento da viúva de ACM.
Entendem ainda que retirar tais objetos do lar, residência de D.Arlette Magalhães, como pretendem o senhor Mata Pires e esposa, seria uma violência inominável à memória do senador Antonio Carlos Magalhães e aos sentimentos afetivos da sua viúva.